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Mestre do cinema europeu, diretor francês Patrice Chereau morre aos 68 anos

Seu último trabalho foi "Elektra", de Richard Strauss, ovacionado em julho passado no festival de ópera de Aix-en-Provence

Agência France-Presse
postado em 08/10/2013 07:22
Seu último trabalho foi Paris - O diretor francês Patrice Chereau, um dos mestres do cinema europeu por mais de quarenta anos, morreu nesta segunda-feira (7/10), em Paris, aos 68 anos, confirmou à AFP Elizabeth Tanner, da agência Artmedia.

Seu último trabalho foi "Elektra", de Richard Strauss, ovacionado em julho passado no festival de ópera de Aix-en-Provence. "Foi um grande diretor de cinema, um grande diretor de teatro e ópera" e também um " homem magnífico. Teve uma extraordinária vitalidade até o final", declarou Tanner.

Chereau era conhecido por ser exigente com os atores e também por sua enorme capacidade produtiva. Seu modo particular de dirigir mesclava instinto e um profundo conhecimento das obras. Era um homem reservado - "sou um solitário, não gosto de aparecer" - confessou certa vez.



O presidente francês, Francois Hollande, saudou Chereau "como um dos maiores artistas franceses", que em "todo o mundo orgulhou nosso país".

Na ópera, após a sequência que montou com Boulez para o centenário do Festival de Bayreuth, em 1976 , que o tornou mundialmente famoso, Chereau colaborou com Barenboim ("Wozzeck", de Berg, em 1992; "Tristão e Isolda ", de Wagner, em 2007 ) e com Daniel Harding ("Cosi fan tutte", de Mozart , em 2005), entre outros.

No cinema, dirigiu dez filmes, entre eles "A Rainha Margot " (1994), premiado no Festival de Cannes, e "Intimidade", Urso de Ouro em Berlim em 2001.

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