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Farc: ainda não há acordo com a Colômbia sobre participação política

O primeiro acordo parcial entre o governo e as Farc, sobre o desenvolvimento agrário, foi firmado em maio, após seis meses de conversas

postado em 08/10/2013 18:45
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) declararam nesta terça-feira (8/10) que, apesar dos avanços na discussão do tema da participação política das Farc, em um eventual processo de paz, ainda não há possibilidade de firmar um acordo com o governo sobre esse ponto da agenda de negociação - o segundo item da pauta.

;Estamos construindo os acordos, mas todavia não há um consenso;, disse à imprensa em Havana, capital cubana, o negociador-chefe das Farc, Iván Márquez.

Ele descartou que seja possível conseguir terminar o diálogo sobre o tema até o próximo domingo (13/10), dia em que termina o décimo quinto ciclo de conversações. Márquez admite que existam ;certos avanços nesta rodada de negociação, mas, ainda, sem um desfecho.

O primeiro acordo parcial entre o governo e as Farc, sobre o desenvolvimento agrário, foi firmado em maio, após seis meses de conversas. A mesa de negociação, em Havana, foi aberta em novembro do ano passado.



A guerrilha também fez críticas ao Ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, a quem chamou de ;obstinado franco-atirador;. Para as Farc, Pinzón não está ;a favor dos diálogos em Havana;.

"Temos a impressão de que o ministro não está falando a mesma linguagem do governo, ao contrário, está subordinado à linha contra a paz do inimigo número um da solução política, o ex-presidente Álvaro Uribe;, disse Márquez.

Nessa segunda-feira (7), as Farc acusaram o ministro da autoria de uma proposta de ;criminalizar; protestos sociais no país. Pinzón se defendeu das acusações dizendo que o ;governo promoverá os protestos sempre que respeitem direitos dos cidadãos;.

Em agosto, um protesto nacional agrário bloqueou as principais rodovias colombianas por quase duas semanas, causando problemas de abastecimento no país. O governo conseguiu negociar com os líderes do movimento camponês, mas acusou as Farc de infiltrar integrantes nas manifestações.

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