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Rebeldes atiram em helicóptero da ONU na República Democrática do Congo

Incidente acirra as tensões na República Democrática do Congo (RDC) entre as forças governamentais e os capacetes azuis da ONU há 18 meses

Agência France-Presse
postado em 12/10/2013 08:43
Incidente acirra as tensões na República Democrática do Congo (RDC) entre as forças governamentais e os capacetes azuis da ONU há 18 meses
Nova York - Rebeldes abriram fogo contra um helicóptero da ONU na sexta-feira (11/10), em um novo incidente que reflete a escalada das tensões na República Democrática do Congo (RDC), informaram fontes de ambas as partes. O helicóptero sem armas "ficou sob fogo direto, proveniente de posições em poder do Movimento rebelde 23 de Março (M23)", informou a Missão das Nações Unidas na RDC (Monusco), em um comunicado.


O ataque aconteceu na região de Rumangabo, na província de Kivu Norte, onde o M23 combate as forças governamentais e os capacetes azuis da ONU há 18 meses. Não houve vítimas fatais. O chefe da Monusco, Martin Kobler, condenou o ataque e disse que "os rebeldes do M23 não impedirão que usemos o espaço aéreo congolês". "Continuaremos fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para defender a população civil, inclusive com o uso da força, se for necessário", frisou.

Um porta-voz do M23, Vianney Kazarama, disse à AFP que os combatentes rebeldes pensaram que o helicóptero transportava forças do governo e da ONU para lançar um ataque. "E eles abriram fogo com metralhadoras", completou, especulando que, talvez, o piloto da ONU tenha saído de sua rota normal e se aproximado excessivamente de um acampamento do M23 em Rumangabo.

Kivu Norte, a rica província mineradora do leste da RDC, é palco há um ano de confrontos entre o Exército congolês e o M23. Esse último assumiu brevemente o controle de Goma, capital provincial, em novembro de 2012 e continua sendo uma ameaça. A ONU e o governo de Kinshasa acusam os vizinhos Ruanda e Uganda de apoiar os rebeldes, o que os dois países negam. As conversas de paz entre Kinshasa e o M23 começaram em Kampala, em 10 de setembro, mas estão paralisadas.

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