Agência France-Presse
postado em 12/10/2013 09:21
[SAIBAMAIS]Erich Priebke, condenado em 1998 na Itália à prisão perpétua por sua participação no massacre no qual morreram 335 civis italianos em março de 1944 em Roma, cumpria pena desde 1999 em prisão domiciliar por razões de saúde. Vivia desde então no apartamento de Giachini, na periferia norte de Roma.
O massacre das Fossas Ardeatinas foi decidido em represália por um atentado realizado por resistentes romanos contra uma unidade da SS. O advogado havia anunciado na sexta-feira que o criminoso de guerra nazista seria enterrado junto a sua esposa em Bariloche, no sul da Argentina, onde se refugiou depois da guerra. Mas o governo argentino anunciou imediatamente que se negava a receber em seu território o corpo do criminoso nazista.
Durante seu julgamento, Priebke não expressou nenhum remorso. Em primeira instância, em agosto de 1996, afirmou ter sido forçado a participar do massacre "porque a ordem veio diretamente de Hitler, em Berlim". E ante a Corte de Apelação do tribunal militar de Roma, em março de 1998, justificou novamente: "Minha morte não teria permitido salvar estes inocentes. Este episódio me perseguiu por toda a minha vida, mas nunca quis mudar minha dignidade por uma exibição pública de arrependimento".
Detido na Argentina em maio de 1994 e extraditado à Itália, em novembro de 1995 se defendeu assegurando que não era responsável. "Sou inocente", clamou, culpando os resistentes italianos.