Agência France-Presse
postado em 12/10/2013 16:25
Washington - A jovem paquistanesa Malala Yousafzai, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato dos talibãs há um ano, manifestou ao presidente norte-americano, Barack Obama, sua preocupação a respeito dos ataques de drones em seu país, segundo comunicado divulgado neste sábado (12/10).
"Eu (...) manifestei minhas preocupações em relação aos ataques de drones, que alimentam o terrorismo", declarou Malala, de 16 anos, no final de uma reunião na sexta-feira na Casa Branca com Obama e sua esposa, Michelle.
"Vítimas inocentes morreram por causa destas ações, que alimentam o ressentimento no seio da população paquistanesa", disse a jovem, que recebeu na quinta-feira o prêmio Sajarov de direitos humanos do Parlamento Europeu por sua campanha para a escolarização das meninas.
"Se concentramos nossos esforços na educação, haverá um grande impacto", acrescentou, convidando os Estados Unidos a levar adiante uma maior cooperação com o governo paquistanês de Nawaz Sharif.
Malala atua de forma "impressionante e inspiradora" para as crianças e jovens de Paquistão, disse o casal presidencial em um comunicado no final do encontro.
Washington utiliza aviões não tripulados contra os militantes islamitas do noroeste de Paquistão, com o argumento de que os talibãs e a Al Qaeda constituem um perigo para Afeganistão e Ocidente em geral.
A adolescente sobreviveu a um ataque dos talibãs em 2012 em Mingora, Paquistão, onde os insurgentes tinham imposto sua versão radical da lei islâmica entre 2007 e 2009.
Depois disso se transformou em militante internacional pelo direito à educação e contra o extremismo religioso, expressando em tribunas como a das Nações Unidas.