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Presidente argentina recebe alta cinco dias após cirurgia na cabeça

Cristina Kirchner, de 60 aos, extraiu um hematona na cabeça.

Agência France-Presse
postado em 13/10/2013 12:46
Cristina Kirchner, de 60 aos, extraiu um hematona na cabeça.
Buenos Aires -
A presidente argentina, Cristina Kirchner, de 60 anos, recebeu alta cinco dias depois de ter sido operada para a extração de um hematoma na cabeça, informou neste domingo (13/10) o hospital no qual está internada. "Devido à evolução pós-operatória favorável da Presidente, foi decidida a alta no dia de hoje", indicou o comunicado da Fundação Favaloro, onde a Chefe de Estado foi operada na terça-feira.



Kirchner saiu da clínica às 13H50 em um carro oficial de vidros escuros cercados pela segurança oficial. Dezenas de militantes a saudaram com bandeiras e cânticos na passagem do veículo na saída da clínica, no centro da capital a cerca de 400 metros do Congresso. A presidente deverá permanecer sob "rígido repouso por 30 dias e evitar viagens aéreas até a próxima decisão médica", afirmou o boletim médico.Kirchner ficará durante este mês na residência oficial Olivos, na periferia norte de Buenos Aires.


Segundo o porta-voz presidencial, Alfredo Scoccimarro, ela "continua com excelente ânimo e recuperação constante".

A presidente foi operada na terça-feira de um hematoma provocado por um acidente doméstico, há dois meses e que foi detectado no dia 5 de outubro. O diagnóstico médico a obrigou a suspender todas as atividades de campanha para as legislativas de 27 de outubro.

Cerca de 30 milhões de argentinos devem votar para renovar a metade da Câmara de Deputados e um terço do Senado, em eleições em que o governo põe em jogo sua maioria parlamentar para os dois últimos anos do segundo mandato de Kirchner.

Nas primárias, o governismo perdeu para diferentes forças de oposição em distritos chaves, entre eles a estratégica província de Buenos Aires, histórico bastião peronista. Contudo, o Frente para a Vitória, única força com representação em todo o país, se manteve como o mais votado com 26%, apesar de longe dos 54% que Kirchner obteve ao ser reeleita em 2011.

Voto inabalável

O episódio da saúde da presidente deve ter um impacto político mínimo nas legislativas, segundo pesquisa da consultoria Poliarquia, publicada este domingo no jornal La Nación. Ao responder a pergunta "poderia chegar a mudar de voto devido ao problema de saúde de Kirchner?", 95% dos consultados responderam que "não" e apenas 4%, que sim. A pesquisa foi feita com 1.500 consultas telefônicas entre segunda e sexta-feira, em 40 centros urbanos de mais de 10.000 habitantes e com uma margem de erro de 3,33 pontos.

"A sociedade não deu grande importância ao episódio. Uma ampla maioria não o considera grave e acredita que a presidente se recuperará bem e rápido e que isso não trará problemas para sua capacidade de administrar no futuro", analisou Alejandro Catterberg, diretor da Poliarquia.

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