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Manifestação na Rússia pede libertação de fotógrafo do Greenpeace

Ativistas foram acusados de "pirataria em grupo organizado" e pode ser condenada a 15 anos de prisão

Agência France-Presse
postado em 13/10/2013 13:50
Ativistas foram acusados de
São Petesburgo - Dezenas de jornalistas russos se manifestaram neste domingo (13/10) em São Petersburgo para exigir a libertação do fotógrafo Denis Siniakov, preso em setembro com militantes do Greenpeace por uma ação contra uma plataforma petrolífera no Ártico e acusado de pirataria.

Os jornalistas reunidos na segunda cidade da Rússia (noroeste) agitavam cartazes que diziam: "Um fotógrafo não é um pirata" e "Quem é o próximo?" "Nós queríamos mostrar que apoiamos nosso colega", declarou à AFP um dos organizadores da manifestação, Alexander Koriakov, editor de fotografia do jornal Kommersant. "Diferente do Ocidente, onde a sociedade vem apoiar os jornalistas, em nosso país ninguém os defende", protestou. Segundo ele, 60 jornalistas participaram desta manifestação.


Denis Siniakov, um fotógrafo freelancer contratado pela organização não-governamental de defesa do meio ambiente Greenpeace que anteriormente trabalhou para a Agência France-Presse e Reuters, fazia parte dos 30 tripulantes do barco do Greenpeace "Artic Sunrise" que foram presos em setembro e detidos por dois meses em Murmansk (noroeste).

A tripulação era formada por pessoas de 18 nacionalidades diferentes, entre elas Rússia, Estados Unidos, Argentina, França, Brasil, Holanda e Reino Unido, embora só a Holanda tenha solicitado publicamente que essas pessoas fossem libertadas. Toda a tripulação foi acusada de "pirataria em grupo organizado" e pode ser condenada a 15 anos de prisão.

Os recursos de vários tripulantes, incluindo o de Denis Siniakov, contra sua prisão, já foram rejeitados pela justiça russa. Outros serão examinados pelo tribunal de Murmansk nos próximos dias.

Para a Rússia, o desenvolvimento do Ártico, uma gigantesca área rica em hidrocarbonetos que por enquanto não foi explorada, é uma prioridade estratégica. Já o Greenpeace denuncia inúmeros riscos para um ecossistema extremamente frágil.

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