postado em 14/10/2013 06:00
A hospitalização da presidente Cristina Kirchner para a drenagem de um hematoma no cérebro, na última terça-feira, coincidiu com a intensificação da corrida pelas cadeiras do parlamento argentino. Enquanto se recupera do procedimento, a mandatária assiste à reta final para as eleições legislativas de fora da campanha e à sombra de derrotas importantes nas primárias da disputa, marcada para 27 de outubro. As eleições vão renovar metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado (leia ao lado) e são consideradas cruciais para o futuro do kirchnerismo, pois definem o apoio que a presidente terá em seus dois últimos anos de mandato. Também servem de termômetro para as eleições presidenciais de 2015. Cristina recebeu alta, na manhã de ontem, mas terá que ficar 30 dias em repouso absoluto. A ausência da presidente, no entanto, levantou dúvidas sobre o comportamento de eleitores.
Segundo o jornal La Nación, assessores da Casa Rosada cogitam que Cristina apareça em um vídeo, ainda no período de campanha, mostrando sua reabilitação e reforçando sua imagem ao lado dos candidatos da coligação Frente Para Vitória. O plano, porém, esbarra nas orientações médicas. Apesar de a fragilidade de Cristina ter comovido partidários ; que fizeram até vigília por sua recuperação na porta do hospital da Fundação Favaloro, em Buenos Aires ;, ainda não está claro qual será o impacto da doença no processo eleitoral. Uma pesquisa encomendada pelo jornal Clarín à consultoria Polldata aponta que apenas 32% dos moradores da cidade de Buenos Aires se sentiram mais afetuosos ou simpáticos à presidente após a internação, enquanto 61% dos entrevistados se disseram indiferentes. O estudo é uma amostra local da questão e, segundo a imprensa, partidos opositores, como a União Cívica Radial e o Partido Democrata, da província de Mendoza, pretendem encomendar pesquisas para avaliar o impacto da saúde da presidente no eleitorado.
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