Isabela de Oliveira
postado em 14/10/2013 06:01
Após registrar pelo menos 390 mortes decorrentes de naufrágios apenas neste mês, a Itália declarou que vai começar, hoje, uma missão humanitária naval e aérea para monitorar as águas do Mediterrâneo, com o objetivo de evitar tragédias do tipo. A medida foi anunciada pelo primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, que deverá triplicar a presença italiana no ar e na água, entre a Sicília e o norte da África. ;Uma força militar humanitária será enviada para tornar mais segura esta parte do Mediterrâneo que, nestes dias, converteu-se num cemitério;, afirmou o chefe de governo, durante evento organizado pelo jornal italiano La Repubblica.A logística da missão italiana, no entanto, ainda não foi divulgada, e, segundo o jornal Corriere della Sera, aviões não tripulados podem ser utilizados. Letta deverá participar, hoje, de uma reunião com os ministros da Defesa, das Relações Exteriores e do Interior. No encontro, serão discutidos os últimos detalhes da missão. O premiê também criticou a Lei Bossi-Fini, que criminaliza a migração clandestina e estipula uma multa de até 5 mil euros (R$ 15 mil) a quem transgredi-la. ;Eu sempre considerei errado o crime de clandestinidade. Mas somos uma grande coalizão, na qual é normal que existam contradições;, salientou o Letta, acrescentando que o assunto será discutido.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique