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Prêmio Nobel da Paz "deveria ter sido meu", brinca Bashar al-Assad

O prêmio foi dado a Opaq, organização que está trabalhando na Síria para destruir até meados de 2014 o arsenal de armas químicas do regime de Assad.

Agência France-Presse
postado em 14/10/2013 14:46

O prêmio foi dado a Opaq, organização que está trabalhando na Síria para destruir até meados de 2014 o arsenal de armas químicas do regime de Assad.

Beirute - O presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou em tom de brincadeira que deveria ter recebido o prêmio Nobel da Paz, afirmou um jornal libanês pró-regime nesta segunda-feira (14/10).

O prêmio, concedido à Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) na sexta-feira, "deveria ter sido meu", declarou Assad, de acordo com o jornal Al-Akhbar. Assad fez o comentário de brincadeira, segundo o jornal, ao comentar sobre o prêmio concedido na sexta-feira à organização internacional, que está trabalhando na Síria para destruir até meados de 2014 o enorme arsenal de armas químicas do regime de Assad.

[SAIBAMAIS] O Al-Akhbar também declarou que Assad havia proposto, em 2003, que todos os países da região entregassem todas as suas armas de destruição em massa. Mas o jornal não informou quando Assad fez os comentários sobre o Nobel.



A OPAQ e a ONU têm uma equipe de 60 especialistas e funcionários de apoio na Síria desde 1; de outubro, enquanto a guerra civil continua varrendo o país. A equipe iniciou o seu trabalho após um avanço no Conselho de Segurança das Nações Unidas no mês passado com uma resolução que ordena a destruição do estoque de armas químicas da Síria.

A resolução foi aprovada após um ataque químico na província de Damasco, em 21 de agosto, que matou centenas de pessoas. Depois deste ataque, os Estados Unidos ameaçaram atacar o regime de Assad.

O conflito sírio começou em março de 2011 com uma revolta contra o regime que se converteu rapidamente em guerra civil, colocando em campos opostos as forças de segurança e os rebeldes. Mais de 115.000 pessoas já morreram no conflito até o momento, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

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