Agência France-Presse
postado em 15/10/2013 14:42
O líbio Abu Anas al Libi, suposto membro da Al-Qaeda, acusado de participar nos atentados de 1998 contra as embaixadas dos Estados Unidos na Tanzânia e no Quênia, se declarou inocente nesta terça-feira (15/10) ante um juiz em Nova York.O suspeito, visivelmente cansado, foi notificado de suas acusações e se declarou inocente através de um advogado de ofício, dez dias depois de ter sido capturado pelas forças especiais americanas diante de sua casa em Trípoli.
O juiz federal Lewis Kaplan ordenou que Libi continue detido por risco de fuga e fixou a próxima audiência para 22 de outubro.
Libi, que se comunicou através de um intérprete, simplesmente deu seu nome e sua idade, 49 anos. A audiência durou menos de 15 minutos.
Libi foi acusado em Nova York, em 2000, junto com outros 20 supostos membros da Al-Qaeda, de conspirar para cometer assassinatos, sequestro e mutilação de americanos e de conspirar para danificar e destruir propriedades americanas, em conexão com os atentados da África Oriental.
O atentado contra a embaixada americana em Nairóbi matou 213 pessoas, entre elas 12 americanos, e deixou mais de 5.000 feridos em 7 de agosto de 1998. O atentado simultâneo na Tanzânia deixou 11 pessoas mortas e 85 feridas.
Segundo a ata de acusação, Libi, especialista em informática e comunicação, realizou desde 1993 operações de vigilância na embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi.
No ano seguinte, ele analisou vários possíveis alvos de atentado junto com outros membros da Al-Qaeda. Entre os alvos estavam a embaixada americana em Nairóbi, a Agência americana para Desenvolvimento Internacional, na mesma cidade, e interesses britânicos, franceses e israelenses, também localizados na capital queniana.
Depois, seu grupo viajou ao Sudão para dar essas informações a Osama Bin Laden.
Libi, que tem como nome de nascimento é Nazih Abdul Hamed al-Raghie, estava na lista das pessoas mais procuradas pelo FBI.