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Mexicana América Móvil retira sua oferta pública por holandesa KPN

Uma fundação independente saiu em defesa da KPN no final de agosto, exercendo seu direito de opção ao comprar novas ações que lhe outorgavam cerca de 50% dos direitos de voto na operadora holandesa

Agência France-Presse
postado em 16/10/2013 20:23
A mexicana América Móvil retirou sua oferta pública de aquisição (OPA) da holandesa KPN, com valor estimado em 10,2 bilhões de euros, por causa do bloqueio de uma fundação e do desacordo sobre o preço, anunciou a empresa nesta quarta-feira (16/10).

A América Móvil "não realizará a oferta e não publicará o memorando da oferta" já aprovado pela autoridade holandesa de mercado de capitais, disse o grupo em um comunicado, propriedade do milionário Carlos Slim, considerado um dos homens mais ricos do mundo.



Uma fundação independente, apesar de vinculada à KPN, saiu em defesa da operadora holandesa no final de agosto, exercendo seu direito de opção ao comprar novas ações que lhe outorgavam cerca de 50% dos direitos de voto na operadora holandesa para bloquear a OPA.

A América Móvil anunciou que "concluiu, considerando a participação atual da fundação em KPN e as conversas com a KPN, que sua intenção (...) de adquirir mais de 50% das ações com direito a voto da KPN, não poderá ser cumprida através da oferta".

O grupo de Slim, principal acionista da KPN com cerca de 30% das ações, opinou que "o exercício da opção de compra (call option) pela fundação obstrui o cumprimento da intenção em detrimento dos acionistas da KPN, que desejam participar da oferta", anunciada em agosto de 2013.

Desde então, América Móvil - que estava disposta a pagar 2,40 euros por ação - manteve árduas negociações com KPN, mas o grupo mexicano assegura que a holandesa "condicionou tais discussões a um aumento no preço da oferta".

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