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Kerry: se Assad for reeleito em 2014, guerra continuará na Síria

Na mesma entrevista, o secretário disse também que o governo americano conversará com a França

Agência France-Presse
postado em 21/10/2013 17:52
Paris - Se o presidente sírio, Bashar al-Assad, for reeleito em 2014, a guerra continuará no país - alertou o secretário de Estado americano, John Kerry, em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (21/10) em Paris.

"Se ele acha que vai resolver os problemas por ser candidato à reeleição, eu posso dizer o seguinte: acho que é certo que essa guerra não vai acabar enquanto ele estiver onde está", afirmou Kerry.



[SAIBAMAIS]Na mesma entrevista, o secretário disse também que o governo americano conversará com a França - "um dos mais antigos aliados" dos EUA - sobre o programa de espionagem mundial realizado pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês).

"A França é um dos nossos mais antigos aliados no mundo e eu tenho uma estreita relação de trabalho com (o chanceler francês) Laurent Fabius", ressaltou Kerry. "Teremos discussões bilaterais, incluindo com nossos parceiros franceses, para acertar essas questões", acrescentou.

"Proteger a segurança dos nossos cidadãos no mundo de hoje é muito complicado, é um grande desafio", avaliou Kerry.

"Os Estados Unidos reveem nesse momento sua maneira de coletar informação de inteligência. Nosso objetivo é tentar encontrar o equilíbrio justo entre a proteção da vida privada e a segurança dos nossos cidadãos", completou Kerry.

Segundo o jornal francês "Le Monde", a NSA fez pelo menos 70,3 milhões de gravações de dados telefônicos de franceses entre 10 de dezembro de 2012 e 8 de janeiro de 2013. O jornal cita os documentos confidenciais vazados pelo ex-consultor da NSA considerado foragido pelos EUA, o americano Edward Snowden.

A Chancelaria francesa convocou o embaixador americano acreditado no país para obter garantias de que a interceptação de comunicações "não está mais acontecendo".

O assunto deverá ser discutido no encontro entre o chanceler francês, Laurent Fabius, e John Kerry, no Quai d;Orsay, nesta terça-feira, antes da reunião dos "Amigos da Síria" em Londres.

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