Agência France-Presse
postado em 21/10/2013 18:52
Washington - A tímida abertura dos Estados Unidos em relação à Cuba no governo Barack Obama não é suficiente para recompor as relações bilaterais - declararam especialistas de diferentes organizações, durante uma teleconferência pública entre Washington e Havana, nesta segunda-feira (21/10).
"Estou feliz de ver que, com o governo de Obama, algumas dificuldades que existiam deixaram de se aplicar. Mas, obviamente, isso não é suficiente", disse Mavis Anderson, da organização não governamental Latin America Working Group (LAWG).
Para Anderson, o primeiro passo concreto dos Estados Unidos para uma normalização das relações deveria ser a retirada de Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo. "A comunidade internacional entende que (Cuba) não deveria estar ali", justificou.
Seria importante também "avançar de forma concreta em acordos técnicos específicos (...) e eliminar definitivamente dificuldades às viagens de pessoas nos dois sentidos", completou.
O cientista David E. Guggenheim, do grupo OceanDoctor, declarou que, na última década, teve de fazer mais de 70 viagens a Cuba para realizar estudos marinhos e participar de congressos técnicos "diante da impossibilidade de que cientistas cubanos venham aos Estados Unidos".
Com a chegada de Obama ao poder, "conseguimos algumas permissões para cientistas cubanos, mas não podemos levar nossas equipes para fazer estudos na costa cubana, pelas restrições ao país. De forma que não é suficiente", acrescentou.
A teleconferência entre Washington e Havana, organizada pelo Ministério das Relações Exteriores de Cuba, reuniu especialistas dos dois países para discutir o impacto real do embargo econômico americano nessa economia caribenha.
Andrés Zaldívar, pesquisador do Ministério cubano do Interior, disse que, em Cuba, havia "uma grande esperança de que, efetivamente, o momento da mudança tivesse chegado" com a eleição de Obama. Apesar de acreditar que a diretriz da política americana para Cuba não mudou, Zaldívar destacou "a disposição de diálogo por parte do governo cubano".
O vice-diretor do Instituto de Oncologia de Havana, Lorenzo Anasagasti, lamentou, por sua vez, que o embargo impeça a compra de fármacos de última geração, assim como de sofisticados equipamentos de diagnóstico do câncer. Ao mesmo tempo, acrescentou, "isso também priva cidadãos americanos de dispor de medicamentos contra o câncer que foram fabricados na ilha".
Em Washington, desde seu primeiro mandato, Obama tem feito uso de prerrogativas presidenciais para mudar a política em relação a Cuba, sobretudo, no que se refere à ampliação das permissões de viagem e envio de remessas.
"Estou feliz de ver que, com o governo de Obama, algumas dificuldades que existiam deixaram de se aplicar. Mas, obviamente, isso não é suficiente", disse Mavis Anderson, da organização não governamental Latin America Working Group (LAWG).
Para Anderson, o primeiro passo concreto dos Estados Unidos para uma normalização das relações deveria ser a retirada de Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo. "A comunidade internacional entende que (Cuba) não deveria estar ali", justificou.
Seria importante também "avançar de forma concreta em acordos técnicos específicos (...) e eliminar definitivamente dificuldades às viagens de pessoas nos dois sentidos", completou.
O cientista David E. Guggenheim, do grupo OceanDoctor, declarou que, na última década, teve de fazer mais de 70 viagens a Cuba para realizar estudos marinhos e participar de congressos técnicos "diante da impossibilidade de que cientistas cubanos venham aos Estados Unidos".
Com a chegada de Obama ao poder, "conseguimos algumas permissões para cientistas cubanos, mas não podemos levar nossas equipes para fazer estudos na costa cubana, pelas restrições ao país. De forma que não é suficiente", acrescentou.
A teleconferência entre Washington e Havana, organizada pelo Ministério das Relações Exteriores de Cuba, reuniu especialistas dos dois países para discutir o impacto real do embargo econômico americano nessa economia caribenha.
Andrés Zaldívar, pesquisador do Ministério cubano do Interior, disse que, em Cuba, havia "uma grande esperança de que, efetivamente, o momento da mudança tivesse chegado" com a eleição de Obama. Apesar de acreditar que a diretriz da política americana para Cuba não mudou, Zaldívar destacou "a disposição de diálogo por parte do governo cubano".
O vice-diretor do Instituto de Oncologia de Havana, Lorenzo Anasagasti, lamentou, por sua vez, que o embargo impeça a compra de fármacos de última geração, assim como de sofisticados equipamentos de diagnóstico do câncer. Ao mesmo tempo, acrescentou, "isso também priva cidadãos americanos de dispor de medicamentos contra o câncer que foram fabricados na ilha".
Em Washington, desde seu primeiro mandato, Obama tem feito uso de prerrogativas presidenciais para mudar a política em relação a Cuba, sobretudo, no que se refere à ampliação das permissões de viagem e envio de remessas.