Agência France-Presse
postado em 21/10/2013 19:33
Jerusalém - O presidente de Israel, Shimon Peres, considerado pai do programa nuclear israelense, justificou nesta segunda-feira (21/10) a política "de ambiguidade" adotada por seu país nesse tema - em entrevista à emissora de televisão France 24.
Peres também fez comentários sobre o programa nuclear iraniano e adotou um tom mais moderado do que o que costuma ser usado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ao contrário de seu premier, ele destacou a "mudança" ocorrida desde a chegada do presidente iraniano, Hassan Rohani, ao poder.
"É uma oportunidade, mas por enquanto não há nada decidido. Aparentemente, há divergências no interior do Irã (sobre o programa nuclear), mas não sei quem ganhará", acrescentou o presidente israelense.
Peres defendeu a ambiguidade de Israel em matéria nuclear, alegando que se trata de uma política dissuasória. "Depende de por que você quer as armas nucleares. Para mim, uma opção nuclear era um instrumento para obter a paz, e não para atacar", afirmou Peres, considerado o principal artífice do programa nuclear israelense, lançado em colaboração com a França no final dos anos 1950.
"Isso constitui uma dissuasão que não tem nada a ver com a realidade de saber se temos, ou não (a arma nuclear). A imaginação desempenha, nesse caso, um papel extremamente importante para reforçar a dissuasão. Então, é ambíguo, sim, e por que teria de esclarecer isso?" - acrescentou o chefe de Estado.
Segundo especialistas estrangeiros, Israel dispõe de pelo menos 100 ogivas nucleares - o que nunca foi confirmado pelo governo. Israel não é signatário do Tratado de Não-Proliferação (TNP).
Peres também fez comentários sobre o programa nuclear iraniano e adotou um tom mais moderado do que o que costuma ser usado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ao contrário de seu premier, ele destacou a "mudança" ocorrida desde a chegada do presidente iraniano, Hassan Rohani, ao poder.
"É uma oportunidade, mas por enquanto não há nada decidido. Aparentemente, há divergências no interior do Irã (sobre o programa nuclear), mas não sei quem ganhará", acrescentou o presidente israelense.
Peres defendeu a ambiguidade de Israel em matéria nuclear, alegando que se trata de uma política dissuasória. "Depende de por que você quer as armas nucleares. Para mim, uma opção nuclear era um instrumento para obter a paz, e não para atacar", afirmou Peres, considerado o principal artífice do programa nuclear israelense, lançado em colaboração com a França no final dos anos 1950.
"Isso constitui uma dissuasão que não tem nada a ver com a realidade de saber se temos, ou não (a arma nuclear). A imaginação desempenha, nesse caso, um papel extremamente importante para reforçar a dissuasão. Então, é ambíguo, sim, e por que teria de esclarecer isso?" - acrescentou o chefe de Estado.
Segundo especialistas estrangeiros, Israel dispõe de pelo menos 100 ogivas nucleares - o que nunca foi confirmado pelo governo. Israel não é signatário do Tratado de Não-Proliferação (TNP).