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Obama defende reforma da saúde após críticas por falhas no site

Agência France-Presse
postado em 21/10/2013 21:46
Washington - O presidente americano, Barack Obama, defendeu sua reforma de saúde, nesta segunda-feira, afirmando que ela não se resume a um site na Internet. Obama reconheceu, porém, que o portal lançado para acompanhar o plano não "funcionou tão bem quanto devia".

Depois de afirmar que "o produto é bom" - em referência ao plano conhecido como Obamacare -, o presidente garantiu que seu governo está fazendo "todo o possível para melhorar o funcionamento" da página healthcare.gov. Desde seu lançamento há três semanas, o site tem sofrido problemas técnicos que dificultam o cadastro dos novos usuários.

Em um sistema dominado pelos seguros de saúde privados, cerca de 53 milhões de americanos não têm cobertura. A expectativa é que de 30 a 33 milhões de pessoas sejam beneficiadas com a reforma promulgada por Obama em 2010.

"Não há por que mentir. A página está muito lenta, as pessoas têm problemas no processo de registro. Acho correto dizer que ninguém está mais frustrado com isso do que eu" por causa desses erros, acrescentou Obama, em pronunciamento na Casa Branca.

"Esses problemas são indesculpáveis. E estão sendo corrigidos", afirmou. Além das falhas técnicas no site, as linhas telefônicas de atendimento ao consumidor estão saturadas, dificultando ainda mais o acesso à informação.

Continua batalha contra republicanos

Em seu pronunciamento, Obama voltou a atacar seus adversários republicanos. Desde o início hostis à reforma, eles tentaram impedir sua aplicação, negando-se a votar novo orçamento no Congresso. "O Partido Republicano converteu o bloqueio (da reforma) no principal ponto de seu programa (político)", criticou Obama. "Poderia até dizer que é o único (ponto) que une o partido", ironizou.

O líder republicano da Câmara de Representantes, John Boehner, acusou Obama de recorrer a "lugares-comuns", em vez de dar "explicações", nesta segunda-feira. "O presidente não compreende a extensão do fracasso da lei, ou não acha que os americanos merecem respostas diretas", alfinetou Boehner.

"Cada dia que passa com problemas no site será um dia em que os republicanos poderão dizer que essa (reforma) em geral é problemática", considerou o professor de Ciência Política, Dante Scala, da Universidade de New Hampshire (nordeste).

A falta de acordo orçamentário no Congresso e a consequente paralisia parcial do governo dos EUA não impediram o lançamento do Obamacare. Desde 1; de outubro, por um período de seis meses, as pessoas que quiserem cobertura médica poderão se inscrever nas novas companhias que oferecem seguro. A opção favorece a concorrência e pode reduzir os custos - um dos principais objetivo de Obama.

Essas empresa são co-administradas pelo governo federal e pelas autoridades locais em 36 estados, enquanto outros 14 organizaram seus próprios sistemas. O presidente afirmou que seis em cada 10 pessoas poderão encontrar um seguro de saúde por menos de 100 dólares por mês no Obamacare.

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