"Por definição, aprovação geral significa que este acordo só é possível com o consentimento da Coalizão Nacional Síria para que Assad não desempenhe nenhum papel no futuro governo sírio", ressaltou William Hague, durante uma coletiva de imprensa após a reunião de onze países ocidentais e árabes com representantes da oposição, em Londres nesta terça-feira (22/10).
No comunicado final da reunião, o "Grupo de Amigos da Síria" também insistiu em um acordo mútuo, ressaltando que "Assad e seus colaboradores mais próximos com sangue em suas mãos não terão papel na Síria". "Nós precisamos que prestem contas pelos atos cometidos durante o conflito", diz o texto.
William Hague acrescentou que "não pode haver uma solução política e pacífica na Síria sem a participação da oposição moderada".
Os onze países ocidentais e árabes do "Grupo de Amigos da Síria" ainda tentam superar os obstáculos para a realização de uma conferência de paz em Genebra, prevista para novembro. O principal deles é o boicote de grande parte da oposição. O presidente Assad também apresenta alguma resistência a esse encontro por considerá-lo prematuro. "Nós também concordamos com o fato de que a oposição síria, incluindo grupos armados moderados, continua a precisar do nosso apoio", acrescentou o ministro das Relações Exteriores britânico.