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Primeiro-ministro paquistanês pede aos EUA fim de ataques com drones

Anistia Internacional pediu nesta terça-feira aos Estados Unidos que divulguem as informações sobre esses ataques, para saber se estão em conformidade com o direito internacional



Ele lembrou que uma conferência interpartidária realizada no Paquistão tinha concluído que "o uso de drones não é apenas uma violação da soberania" do país, como também é prejudicial aos esforços do Paquistão na luta contra o terrorismo.

A Anistia Internacional pediu nesta terça-feira aos Estados Unidos que divulguem as informações sobre esses ataques, para saber se estão em conformidade com o direito internacional. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que os Estados Unidos "não concordam com a ideia de que estes ataques violam o direito internacional".

"A administração tem insistido sobre as precauções extraordinárias tomadas para fazer com que estas ações antiterroristas respeitem as leis. Definindo ações que têm por objetivo gente que quer nos matar e não aqueles entre os quais se escondem, optamos por este tipo de medida, que representa menos risco de provocar perda de vidas inocentes". "As operações antiterroristas americanas são precisas, legais e eficientes", concluiu Carney.

Desde 2004, entre 2.000 e 4.700 pessoas, incluindo centenas de civis, morreram em mais de 300 ataques com drones americanos no noroeste do Paquistão, o principal reduto dos talibãs e de outros grupos ligados à Al-Qaeda.

O departamento de Estado anunciou nesta terça-feira que entregará 1,6 bilhão de dólares ao Paquistão, após uma redução da ajuda nos últimos anos devido a um esfriamento nas relações bilaterais.

O governo do presidente Barack Obama notificou o Congresso que entregará verbas já previstas em orçamentos anteriores, incluindo o do ano fiscal de 2012.

O grosso da ajuda, de 1,380 bilhão de dólares, será destinado à assistência militar, e 260,5 milhões a programas civis, disse a porta-voz Marie Harf.