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Chanceler francês considera "positiva" reunião "Amigos da Síria" em Londre

A conferência deve reunir líderes do regime sírio e a oposição para tentar chegar a um acordo sobre a formação de um governo de transição e acabar com o conflito

Agência France-Presse
postado em 22/10/2013 17:39
O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, considerou "positiva" a reunião nesta terça-feira (22/10) dos "Amigos da Síria" em Londres, argumentando que os onze países ocidentais e árabes presentes nunca foram tão precisos "na preparação de Genebra-2". "Eu senti essa reunião como duplamente positiva", disse o ministro a repórteres em Londres. "Da parte dos onze, foi o momento em que fomos mais precisos sobre a preparação e as condições de Genebra-2", declarou.



A conferência de Genebra-2, que deve reunir líderes do regime sírio e a oposição para tentar chegar a um acordo sobre a formação de um governo de transição e acabar com o conflito, tem sido repetidamente adiada. A oposição síria, muito dividida, que deve decidir na próxima semana sua participação, adiou a sua reunião para o início de novembro.

Laurent Fabius acrescentou que a reunião de Londres também foi "positiva do ponto de vista da coalizão" opositora. "Nós fornecemos uma série de respostas, (...) e, a partir delas, a coalizão deverá tomar a decisão necessária", disse, sem dar detalhes.

"Esperamos que Genebra-2 aconteça, porque a única solução para o conflito na Síria é a política", reiterou. "Para que haja uma conferência positiva é necessária a participação do regime, não Bashar (al-Assad), e da oposição moderada. Se isso não acontecer, teremos de um lado o regime e do outro os extremistas, os terroristas", ressaltou.

Quanto à possível participação do Irã, Laurent Fabius disse que este país deve aceitar antes a ideia de um governo de transição sem Bashar al- Assad. "Nós temos uma posição clara, que é dizer que a condição para qualquer país participar é aceitar as regras e os objetivos de Genebra-2", garantiu.

"Entre os objetivos, Genebra-2 tem como missão abrir caminho a um governo de transição, com todos os poderes, (...), assumindo os poderes do presidente Bashar al-Assad. Se os iranianos aceitarem expressamente esse elemento, poderemos considerar" sua participação, acrescentou.

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