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Abbas: Israel será responsável por eventual fracasso nas negociações

"Não vamos aceitar isso", declarou Abbas respondendo a uma pergunta de um jornalista sobre um possível futuro controle militar por parte de Israel das fronteiras de um Estado palestino desmilitarizado

Agência France-Presse
postado em 22/10/2013 19:09

Vilnius - O presidente palestino, Mahmud Abbas, considerou nesta terça-feira (22/10) que Israel será responsável por um eventual fracasso das negociações de paz, durante uma visita à capital lituana.

"Não vamos aceitar isso", declarou Abbas respondendo a uma pergunta de um jornalista sobre um possível futuro controle militar por parte de Israel das fronteiras de um Estado palestino desmilitarizado.

"E se elas (as negociações, ndlr) fracassarem, eles (os israelenses) serão o motivo desse fracasso, não nós", acrescentou, durante uma visita à Lituânia, que ocupa a presidência semestral da União Europeia. O jornal israelense Maariv informou na semana passada que as negociações não tinham avançado em setembro por causa de uma disputa em torno das futuras fronteiras.

"Eles não têm o direito de ficar em nossos territórios depois da assinatura do tratado de paz", declarou Abbas, ressaltando que vai aceitar um Estado palestino desmilitarizado. "Queremos, com base nos acordos de Oslo, uma forte presença policial", disse.

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O presidente palestino saudou o apelo da União Europeia para que Israel suspenda a construção de colônias. Na segunda, a presidente lituana, Dalia Grybauskaite, "pediu que Israel pare com o desenvolvimento de colônias nos territórios ocupados" após um encontro com Abbas em Vilnius, ressaltando que "a União Europeia não reconhecerá colônias como parte de Israel".

Uma nova sessão de negociações de paz entre israelenses e palestinos foi realizada na segunda-feira à noite em Jerusalém, indicou uma fonte oficial palestina que pediu para não ser identificada, indicando que esta havia tratado a questão da água.

O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou na segunda em Paris que estas negociações, sobre as quais há poucas informações, se intensificaram desde o fim de julho.

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