postado em 22/10/2013 23:53
O governo brasileiro manifestou preocupação com os conflitos entre as Forças Armadas de Moçambique e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição de Moçambique. Na última quinta-feira (17) as Forças Armadas atacaram a sede da Renamo em Gongorosa, na província de Sofala, região central do país, em resposta a uma emboscada. Segundo o Ministério da Defesa moçambicano, dois homens da Renamo foram mortos e mais um foi capturado.De acordo com a agência de notícias portuguesa Lusa, homens armados da Renamo atacaram na tarde de hoje (22) uma coluna militar na província de Sofala. Ainda de acordo com a Lusa, o ataque aconteceu após o Exército ter ocupado ontem a principal base da Renamo, na província de Sofala, onde estava o líder do grupo, Afonso Dhlakama, que fugiu do local. Os conflitos ocorrem a pouco menos de um mês das eleições municipais.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que o governo brasileiro acompanha com preocupação os incidentes ocorridos e que o "Brasil acredita que a busca de soluções para as divergências entre as partes deve perseverar no caminho do diálogo e da negociação, em quadro de fortalecimento do estado de direito, das instituições democráticas e da estabilidade".
Após a independência conquistada por Moçambique em 1975, a Frelimo e a Renamo entraram em uma guerra civil que durou de 1976 a 1992 e finalizada com o Acordo Geral de Paz, no mesmo ano. Um rompimento poderia levar a retomada do conflito armado.