Agência France-Presse
postado em 23/10/2013 16:29
Londres - A comissão da ONU que estuda os abusos dos direitos humanos cometidos na Coreia do Norte ouviu nesta quarta-feira (23/10), em Londres, o relato de vários exilados e os horrores que sofreram para conseguir fugir de seu país.
Liderada pelo juiz australiano Michael Kirby, esta é a primeira comissão da ONU a investigar oficialmente os abusos cometidos na Coreia do Norte.
Jihyuan Park, de cerca de 30 anos, chorou ao explicar que conseguiu cruzar a fronteira com a China em 1998 para acabar sendo vendida como esposa para um homem.
"Disseram que eu havia sido comprada e que podiam fazer o que quisessem comigo", contou a norte-coreana, que conseguiu fugir para a China, onde deu à luz um filho. Seu marido negociou a criança com um traficante, e ela foi mandada de volta para a Coreia do Norte, onde foi levada para um campo de trabalhos forçados.
Ela, no entanto, conseguiu fugir de novo para a China, onde reencontrou o filho, que não foi vendido, e os dois conseguiram fugir para a Grã-Bretanha, onde esperam conseguir cidadania.
Outro exilado, Song Ju Kim, narrou suas quatro tentativas de fuga porque no país não havia comida. A fome matou milhares de norte-coreanos anos anos 90 e o país ainda depende de ajuda humanitária.
Kim explicou que, em sua primeira tentativa de fuga, em 2006, foi preso por militares chineses, que o entregaram a seus colegas norte-coreanos. Kim contou que foi surrado de uma maneira "desumana".
No campo de detenção, Kim era obrigado pelos guardas carcerários a revirar os excrementos dos detidos para descobrir se tinham ingerido alguma coisa que quisessem esconder, como dinheiro.
"Os guardas da prisão diziam que já não éramos humanos, e sim animais. Não nos deixavam andar de pé. Tínhamos que nos arrastar como animais", contou ainda
A alimentação consistia de uma papa feita em parte de terra. Em sua quarta tentativa de fuga, conseguiu ir para a China e de lá para a Grã-Bretanha ajudado por um dos missionários.
Pyongyang não permite que a comissão da ONU entre no país e classifica os exilados que prestam testemunho de "lixo humano".
Liderada pelo juiz australiano Michael Kirby, esta é a primeira comissão da ONU a investigar oficialmente os abusos cometidos na Coreia do Norte.
Jihyuan Park, de cerca de 30 anos, chorou ao explicar que conseguiu cruzar a fronteira com a China em 1998 para acabar sendo vendida como esposa para um homem.
"Disseram que eu havia sido comprada e que podiam fazer o que quisessem comigo", contou a norte-coreana, que conseguiu fugir para a China, onde deu à luz um filho. Seu marido negociou a criança com um traficante, e ela foi mandada de volta para a Coreia do Norte, onde foi levada para um campo de trabalhos forçados.
Ela, no entanto, conseguiu fugir de novo para a China, onde reencontrou o filho, que não foi vendido, e os dois conseguiram fugir para a Grã-Bretanha, onde esperam conseguir cidadania.
Outro exilado, Song Ju Kim, narrou suas quatro tentativas de fuga porque no país não havia comida. A fome matou milhares de norte-coreanos anos anos 90 e o país ainda depende de ajuda humanitária.
Kim explicou que, em sua primeira tentativa de fuga, em 2006, foi preso por militares chineses, que o entregaram a seus colegas norte-coreanos. Kim contou que foi surrado de uma maneira "desumana".
No campo de detenção, Kim era obrigado pelos guardas carcerários a revirar os excrementos dos detidos para descobrir se tinham ingerido alguma coisa que quisessem esconder, como dinheiro.
"Os guardas da prisão diziam que já não éramos humanos, e sim animais. Não nos deixavam andar de pé. Tínhamos que nos arrastar como animais", contou ainda
A alimentação consistia de uma papa feita em parte de terra. Em sua quarta tentativa de fuga, conseguiu ir para a China e de lá para a Grã-Bretanha ajudado por um dos missionários.
Pyongyang não permite que a comissão da ONU entre no país e classifica os exilados que prestam testemunho de "lixo humano".