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Diretor de centro cultural russo em Washington é suspeito de espionagem

O diretor para a Ciência e a Cultura é o encarregado de colocar em prática nos Estados Unidos o programa de intercâmbio da Cooperação russa Rossotrudnichestvo

Agência France-Presse
postado em 24/10/2013 13:15
Washington - Um diplomata russo, diretor de um centro cultural em Washington, está sob suspeita do FBI de tentar recrutar eventuais espiões entre jovens americanos enviados à Rússia no âmbito de um programa de intercâmbio, revelou nesta quinta-feira (24/10) o Washington Post. Yuri Zaitsev, diretor do Centro Russo para a Ciência e a Cultura em Washington, é o encarregado de colocar em prática nos Estados Unidos o programa de intercâmbio da Cooperação russa Rossotrudnichestvo. Este programa permite a jovens líderes viajar gratuitamente a Moscou e se reunir com autoridades do governo.

[SAIBAMAIS]Segundo o Washington Post, Zaitsev, que goza de imunidade diplomática, teria criado registros sobre os americanos enviados à Rússia - estudantes, executivos, funcionários de organizações não governamentais e assistentes do Congresso - com o objetivo de tentar recrutá-los como agentes da inteligência durante sua estadia no país. O FBI, responsável pela contra-espionagem, abriu uma investigação e interrogava os americanos que participaram deste programa de intercâmbio, informou o jornal.



Em um comunicado, o ministério russo das Relações Exteriores denunciou estas invenções "que não têm nada a ver com a realidade" e que constituem uma ação "hostil destinada a agravar a situação na esfera do desenvolvimento da cooperação humanitária internacional". "É necessário que as autoridades americanas se dissociem claramente e publicamente destas tentativas maliciosas de ofuscar o trabalho do Centro Russo para a Ciência e a Cultura em Washington", declarou o ministério russo.

Cento e vinte americanos participaram do programa de intercâmbio em 12 anos, segundo o Washington Post. O ministério russo lembrou, por sua vez, que mais de 12 pessoas oriundas de mais de 50 países integraram o programa nos últimos três anos.

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