postado em 24/10/2013 19:19
Um menino de 11 anos compareceu à Justiça americana, nesta quinta-feira, sob suspeita de tentativa de homicídio, depois de levar para a escola uma arma com capacidade para 400 balas - informou uma porta-voz do tribunal.O garoto também teria levado "várias" facas para a escola Frontier em Vancouver, uma pequena cidade no estado de Washington, no extremo noroeste do país.
"Um menino de 11 anos foi interrogado por detetives e depois detido (na quarta-feira) sob acusação de tentativa de assassinato" - de acordo com a nota divulgada pela polícia local.
A porta-voz da Justiça, Kim Kapp, disse à AFP que o garoto compareceu pela primeira vez diante de um tribunal juvenil do condado de Clark nesta quinta.
Esse é o último de uma série de incidentes protagonizados por estudantes nos Estados Unidos. Quatro pessoas foram mortas apenas esta semana.
Na segunda-feira, um garoto de 12 anos atirou e matou seu professor, o ex-marine Michael Landsberry, de 45 anos, na escola Sparks, em Nevada (oeste). Depois de ferir dois colegas, ele se suicidou.
Na terça, policiais da Califórnia mataram a tiros um menino de 13 anos, identificado como Andy López. O garoto andava pela rua com uma arma de chumbinho que parecia um fuzil, quando foi visto por policiais. Os agentes ordenaram que ele entregasse a arma. Quando ele se virou, os policiais atiraram, declarou o xerife do condado de Sonoma.
Na quarta-feira, a professora Colleen Ritzer, de 24 anos, foi encontrada morta. Ela teria sido assassinada por um adolescente de 14, na escola de ensino médio Danvers, em Massachusetts. A polícia encontrou sangue em um banheiro do estabelecimento e, depois, encontrou o corpo de Colleen em um bosque nas imediações.
Esses incidentes dão novo fôlego ao debate americano sobre o controle de armas. Em dezembro, o país ficou abalado pelo massacre na escola de Newtown (Connecticut, leste dos EUA), no qual 26 pessoas morreram, entre elas 20 crianças.
Os defensores da livre venda de armas, reunidos no poderoso lobby da Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), argumentam que a proibição seria inconstitucional e que a disponibilidade de armas de fogo no mercado não pode ser considerada culpada por essas tragédias.