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Manifestações da oposição em Bangladesh terminam com uma pessoa morta

O protesto contou com mais de 100 mil pessoas, segundo a polícia, e o dobro, de acordo com testemunhas e organizadores. O grupo pede a renúncia do primeiro-ministro, Sheikh Hasina

Agência France-Presse
postado em 25/10/2013 13:39
Dacca - Mais de 100 mil pessoas protestaram nesta sexta-feira (25/10) em Daca pedindo a renúncia do primeiro-ministro e a formação de um governo provisório, em protestos nacionais que terminaram em confrontos e que deixaram um morto. A manifestação contou com mais de 100 mil pessoas, segundo a polícia, e o dobro, de acordo com testemunhas e organizadores, que pediram a renúncia do primeiro-ministro, Sheikh Hasina, ante a negativa de formar um governo provisório neutro que supervisione as eleições três meses antes de sua celebração.

Esta condição estava estabelecida por uma norma que a Liga Awami, no poder, aboliu em 2011, encarregando o papel de supervisionar as eleições a uma comissão eleitoral reformada. O Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP), na oposição, colocou como data limite o dia 24 de outubro para que o primeiro-ministro aceitasse cumprir com esta norma, ante a proximidade das próximas eleições em Bangladesh, previstas para janeiro de 2014.



A Liga Awami rejeitou esta data limite e convocou seus militantes a saírem às ruas para encarar a oposição do BNP e seus aliados islamitas. O governo mobilizou milhares de efetivos da polícia e guardas fronteiriços paramilitares em Daca e em outros locais que poderiam se transformar em palco de confrontos entre partidários e opositores do Governo.

A polícia disse que um ativista opositor morreu e que vários ficaram feridos no distrito de Cox;s Bazaar, no sul de Bangladesh, depois que guardas fronteiriços abriram fogo contra milhares de partidários do BNP. "Os guardas fronteiriços abriram fogo depois que os militantes do BNP desafiaram uma proibição de protestar e atacaram as forças" do distrito, disse o chefe da polícia, Babul Akter, à AFP. "Uma pessoa morreu e várias foram baleadas", acrescentou.

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