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Manifestações da oposição em Bangladesh terminam com 5 mortos

A manifestação contou com mais de 100 mil pessoas, segundo a polícia

Agência France-Presse
postado em 25/10/2013 16:02
Mais de 100 mil pessoas protestaram nesta sexta-feira (25/10) em Daca pedindo a renúncia do primeiro-ministro e a formação de um governo provisório, em protestos nacionais que terminaram em confrontos e que deixaram cinco mortos.

A manifestação contou com mais de 100 mil pessoas, segundo a polícia, e o dobro, de acordo com testemunhas e organizadores, que pediram a renúncia do primeiro-ministro, Sheikh Hasina, ante sua negativa de formar um governo provisório neutro que supervisione as eleições três meses antes de sua celebração.

Esta condição estava estabelecida por uma norma que a Liga Awami, no poder, aboliu em 2011, encarregando o papel de supervisionar as eleições a uma comissão eleitoral reformada.

O Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP), na oposição, colocou como data limite o dia 24 de outubro para que o primeiro-ministro aceitasse cumprir com esta norma, ante a proximidade das próximas eleições em Bangladesh, previstas para janeiro de 2014.

Mas a Liga Awami rejeitou esta data limite e convocou seus militantes a saírem às ruas para encarar a oposição do BNP e seus aliados islamitas.



O governo mobilizou milhares de efetivos da polícia e guardas fronteiriços paramilitares em Daca e em outros locais que poderiam se transformar em palco de confrontos entre partidários e opositores do Governo.

Dois opositores morreram em Chandpur, centro do país, e outros dois no distrito de Cox;s Bazaar, sul de Bangladesh, depois que guardas de fronteia abriram fogo contra milhares de partidários do BNP. Mais um manifestante foi mortalmente atingido.

"Os guardas fronteiriços abriram fogo depois que os militantes do BNP desafiaram uma proibição de protestar e atacaram as forças" do distrito, disse o chefe da polícia, Babul Akter, à AFP.

O líder do BNP, Khaleda Zia, renovou ante os manifestantes de Daca sua ameaça de boicotar as eleições se o primeiro-ministro não aceitar suas reclamações, e colocou o domingo como nova data-limite para que Hasina aceite dialogar sobre estas reivindicações.

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