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Berlusconi ressuscita Forza Italia e confirma apoio ao governo

Berlusconi fundou a Forza Italia ao entrar na política, em 1994, com os executivos da sua holding Fininvest

Agência France-Presse
postado em 25/10/2013 20:37
Roma - O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi ressuscitou na noite desta sexta-feira (25/10) a Forza Italia, seu antigo partido, e confirmou que continuará "apoiando o governo" de coalizão de esquerda-direita de Enrico Letta.

"Continuaremos apoiando o governo", declarou Il Cavaliere durante entrevista coletiva após uma reunião do Povo da Liberdade (PDL), partido que pode desaparecer com o renascimento da Forza Italia, criado há 20 anos.

Berlusconi fundou a Forza Italia ao entrar na política, em 1994, com os executivos da sua holding Fininvest, que na ocasião já controlava três redes de televisão, jornais, a editora Mondadori e o clube de futebol AC Milan.

Na noite desta sexta-feira, a volta da Forza Italia "foi votada por unanimidade", disse Silvio Berlusconi. Na votação estiveram ausentes os cinco ministros do PDL que integram o governo, incluindo o vice-primeiro-ministro encarregado da pasta do Interior, Angelino Alfano.



Exatamente Alfano foi o líder da rebelião diante da decisão de Berlusconi, no final de setembro, de retirar todos os seus ministros do governo.

Contrariando todos os prognósticos, o PDL terminou apoiando a moção de confiança ao governo de Letta, mas o partido ficou dividido entre a ala pró-governo, conhecida como "as pombas", e os "falcões" pró-Berlusconi.

No PDL "existem contrastes e desentendimentos pessoais, mas continuamos destacando nossa vontade de unidade", declarou Berlusconi.

O governo de Letta parece salvo, mas Berlusconi - que pode perder seu mandato de senador caso o Senado vote sua suspensão por fraude fiscal - não pensa em ficar de braços cruzados.

Se o Partido Democrata (PD, maioria) votar a suspensão, "então será muito difícil continuar colaborando com um aliado com o qual trabalhamos no gabinete mas que ao mesmo tempo dá seu aval a uma decisão equivocada da justiça", concluiu.

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