postado em 27/10/2013 06:00
Após denunciar que o telefone celular de Angela Merkel, chefe do governo da Alemanha, foi grampeado pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, a revista Der Speiegel afirma que o número da chanceler estava na lista de alvos do governo americano havia mais de 10 anos. A informação faz parte, de acordo com a publicação, de documentos entregues por Edward Snowden, ex-analista da agência, segundo os quais Merkel era um alvo desde 2002, três anos antes de ser eleita para o comando do governo alemão. Os registros indicam que a chanceler continuava sendo monitorada até semanas antes da visita de Obama ao país, em junho passo, mas não mostram quais informações ou ligações específicas foram violadas durante o período.A nova revelação acontece logo após Berlim confirmar o envio de oficiais de inteligência de alto escalão a Washington para obter esclarecimentos sobre o caso. Segundo um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, a delegação será formada pelos chefes dos serviços de inteligência doméstica e internacional e deve chegar aos EUA na próxima semana. Na sexta-feira, o gabinete de Merkel informou que o grupo se encontraria com seus homólogos americanos com o objetivo de pressionar a Casa Branca e a NSA por mais informações sobre o caso.
De acordo com informações vazadas por Snowden, 35 líderes mundiais foram espionados pela NSA. Além da Alemanha, outros países europeus, como França, Bélgica, Itália e Espanha, e latino-americanos, como Brasil e México, foram vítimas da agência. Parlamentares da União Europeia planejam visitar a capital norte-americana na segunda-feira para buscar ;possíveis soluções legais para os cidadãos da UE; decorrentes da suposta vigilância. Merkel exige que os EUA firmem um acordo de ;não espionagem; com a Alemanha e a França até o fim do ano e, em conjunto com o Brasil, deve apresentar um projeto de resolução sobre a proteção das liberdades individuais às Nações Unidas. O texto deve incitar a aplicação do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos ; aprovado em 1966 pela ONU e em vigor desde 1976 ; às atividades na rede mundial de computadores.
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