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Associação analisa transição do jornalismo de papel ao digital

A imprensa escrita enfrenta o desafio de migrar a publicidade e os leitores, e de encontrar novas formas de financiamento

Agência France-Presse
postado em 28/10/2013 11:49
Bogotá - A associação de imprensa WAN-IFRA realiza nesta semana em Bogotá uma conferência sobre jornalismo na internet, um fórum no qual os grandes meios de comunicação mundiais buscarão responder à pergunta pendente de como reinventar o modelo de negócio ante a crise do papel. A Associação Mundial de Periódicos e editores de jornais (WAN-IFRA, em inglês) realizará seu congresso nos dias 30 e 31 de outubro centrado na transição dos periódicos em formato de papel ao ambiente online.

A imprensa escrita enfrenta o desafio de migrar a publicidade e os leitores, e de encontrar novas formas de financiamento. Com a participação de diretores de gigantes da tecnologia como Google, diretores e chefes de redação de importantes meios de comunicação da América Latina, como El Tiempo da Colômbia, Clarín da Argentina e a brasileira Folha de São Paulo, esta reunião está orientada a analisar a transição que a imprensa escrita enfrenta.



Para Rodrigo Bonilla, diretor de projetos da WAN-IFRA, a imprensa escrita encara o desafio de se readaptar e de se transformar para redefinir seu papel neste novo modelo econômico, e o objetivo de sua organização é acompanhar a imprensa neste processo. "Nos anos 1970, ante a ameaça da televisão, a imprensa investiu em tecnologia para poder competir", explicou à AFP.

O representante sustentou que a imprensa deve adotar um papel proativo, que não pode "seguir (...) esperando que a tempestade passe". Algumas discussões estarão voltadas para a análise de meios de comunicação que realizaram uma adaptação ao mundo digital, com casos que vão desde a fórmula utilizada pelo conhecido e prestigiado jornal inglês The Financial Times às bem-sucedidas iniciativas levadas adiante por um tradicional jornal da comunidade mórmon de Utah (sudoeste dos Estados Unidos), que após 160 anos de existência deu um salto tecnológico e se converteu em um modelo para escolas de negócio.

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