Agência France-Presse
postado em 29/10/2013 15:52
Nova York - A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta terça-feira (29/10) pelo 22; ano consecutivo uma resolução pediu o fim do embargo comercial que os Estados Unidos aplicam contra Cuba há meio século, denunciado duramente por uma imensa maioria dos Estados membros da organização.A resolução apresentada pelo chanceler cubano, Bruno Rodríguez, foi apoiada por 188 países - o mesmo recorde do ano passado -, enquanto que apenas 2 votaram contra, entre eles Estados Unidos e três se abstiveram.
O embargo, imposto em 1962 pelo então presidente John F. Kennedy para forçar uma queda do regime comunista da ilha, foi alvo de duras críticas durante o debate anual sobre a questão na Assembleia Geral da ONU reunida em Nova York. Desde 1982, a Assembleia Geral pede seu fim através de resoluções apresentadas por Cuba.
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"Os danos humanos que o bloqueio produz são incalculáveis. Provoca sofrimentos e constitui uma violação em massa, flagrante e sistemática dos direitos humanos. Setenta e seis por cento dos cubanos vivem sob seus devastadores efeitos desde seu nascimento", indica Bruno Rodríguez ao apresentar o texto. Segundo o chanceler cubano, o custo econômico dos mais de 50 anos de embargo é de 1,157 trilhão de dólares.
Em resposta, o diplomata americano Ronald Godard afirmou que seu país é utilizado como "bode expiatório externo" dos problemas internos da ilha. "Em 2012, o povo cubano recebeu dos Estados Unidos 2 bilhões de dólares em medicamentos e alimentos", afirmou.