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Organização Mundial de Saúde confirma casos de pólio em crianças síria

Doença não era registrada na Síria desde 1999

postado em 29/10/2013 16:02
Genebra - A Organização Mundial de Saúde confirmou nesta terça-feira (29/10) dez casos de poliomielite envolvendo crianças sírias na região de Deir Al-Zour, no nordeste da Síria.

Casos de poliomielite não eram registrados na Síria desde 1999. De acordo com um porta-voz da OMS, das 22 crianças com paralisia aguda, uma doença que pode ser causada pela pólio, dez sofrem de poliomielite, segundo os resultados de análises laboratoriais.

"Dez dos 22 casos foram confirmados", indicou o porta-voz, acrescentando que os resultados dos "12 outros casos são esperados para os próximos dias". Os dez casos são do tipo 1, informou o porta-voz.

A poliomielite é uma doença altamente contagiosa que afeta principalmente crianças menores de cinco anos. Ela pode levar a paralisia em poucas horas e pode ser fatal em alguns casos. Antes da confirmação dos casos por análise laboratorial, a OMS decidiu reagir como se fosse um surto de poliomielite.

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Uma ampla campanha de vacinação das crianças sírias está em andamento no país, com o apoio da ONU.A organização pretende vacinar 2,4 milhões de crianças contra poliomielite, sarampo, caxumba e rubéola. OMS lançou em 1988 um plano global para erradicar a poliomielite, que afetou 350 mil pessoas naquele ano. Desde então, e por meio deste plano, o número de novos casos caiu 99%.

Atualmente, o vírus da poliomielite está erradicado em todos os países, à exceção de Afeganistão, Paquistão e Nigéria, onde a doença ainda é endêmica. Não há tratamento contra a poliomielite, apenas vacinas de prevenção, que custam apenas 0,11 de dólar por dose.

Em 2012 foram registrados 223 casos de poliomielite no mundo. O vírus que causa a pólio pode se espalhar rapidamente em populações não imunizadas. Ele entra no corpo através da boca e multiplica-se no intestino. As crianças têm como sintomas febre, dor de cabeça e vômito.

Uma paralisia irreversível (geralmente nas pernas) ocorre uma vez em cada 200 casos. Entre 5 e 10% dos pacientes paralisados morrem quando o respirador para de funcionar.

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