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UE verifica brindes dados pela Rússia no G20 por suspeita de espionagem

As delegações dos chefes de Estado receberam como presente de cortesia um pen drive e um carregador de telefone celular

postado em 30/10/2013 12:50
Bruxelas - A Comissão Europeia indicou nesta quarta-feira (30/10) que estava analisando os brindes, como ;pen drives; e carregadores de celulares, concedidos pela Rússia às delegações na cúpula do G20 de setembro em São Petersburgo para verificar se representam riscos de segurança. Consultado sobre estas informações, o porta-voz da Comissão Europeia, Frederic Vincent, disse que as autoridades estão investigando o caso.

"A análise segue em andamento e não podemos dizer ainda se (os dispositivos eletrônicos) são inofensivos", declarou Vincent. "De maneira geral, como regra, os funcionários da UE têm como lema em suas viagens não utilizar material externo", acrescentou. As delegações dos chefes de Estado e de governo dos países do G20 receberam como presente de cortesia na cúpula de setembro, organizada sob a presidência russa, um pen drive e um carregador de telefone celular.

[SAIBAMAIS]Ao retornar da Rússia, o presidente do Conselho Europeu (que representa os países membros da UE), Herman Van Rompuy, entregou os dispositivos aos seus serviços de segurança para que verificassem se poderiam servir para coletar ilegalmente informações dos computadores e celulares. Segundo os jornais italianos Corriere della Sera e Stampa, a análise dos presentes recebidos por Van Rompuy foi confiada aos serviços secretos alemães.



"Não sabemos quais são as fontes destas informações, mas isso é, sem dúvida, uma tentativa de desviar a atenção dos problemas reais que dominam as capitais europeias e Washington para problemas efêmeros, inexistentes", declarou na terça-feira à Ria Novosti Dimitri Peskov, porta-voz do Kremlin. Uma fonte da Comissão indicou que as tentativas de espionagem utilizando dispositivos informáticos são muito comuns.

A informação sobre estes presentes que supostamente serviriam para recuperar informações ilegalmente ocorre em meio ao escândalo pela espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) americana, que teria realizado escutas de 35 líderes mundiais, entre eles a chanceler alemã Angela Merkel e a presidente Dilma Rousseff.

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