Agência France-Presse
postado em 30/10/2013 14:57
Damasco - O presidente sírio, Bashar al-Assad, reiterou nesta quarta-feira (30/10), durante uma reunião com o emissário especial da ONU e da Liga Árabe Lakhdar Brahimi, sua rejeição a qualquer ingerência externa em favor da oposição na conferência de paz Genebra-2.
Já os rebeldes anunciaram a retirada de 800 civis, principalmente mulheres, crianças e idosos, de um subúrbio da capital síria controlado por insurgentes e atacado pelo Exército.
"O povo sírio é o único a ter direito a decidir sobre o futuro de seu país. Qualquer solução ou acordo precisa do aval dos sírios e deve refletir sua vontade sem ingerências externas", declarou Assad durante o breve encontro com Lakhdar Brahimi, segundo a agência oficial Sana.
O regime considera que a coalizão opositora e os rebeldes são manipulados por países estrangeiros. "A vitória de qualquer solução política passa, necessariamente, pelo fim do apoio aos grupos rebeldes e pela pressão sobre os países que facilitam a passagem de terroristas e oferecem dinheiro, armas e apoio logístico", acrescentou.
Bashar al-Assad chama de "terroristas" os insurgentes e acusa a Arábia Saudita, o Catar e a Turquia, assim como países ocidentais, de fornecerem armas e recursos financeiros aos seus inimigos.
Ainda segundo a Sana, Brahimi, emissário especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, ressaltou que "os esforços para a realização da conferência de Genebra se concentram em um modo de fazer com que os sírios se reúnam e cheguem em um acordo o mais rápido possível sobre uma solução para a crise".
O emissário internacional também se reuniu com o embaixador iraniano em Damasco, Mohamad Reza Sheibani, que declarou à imprensa que "apoia os esforços de Brahimi".
O diplomata argelino chegou na segunda à noite a Damasco para preparar uma conferência de paz que deve ser realizada em Genebra no fim de novembro.
O emissário internacional, atualmente em viagem pela região, não visitava Damasco havia seis meses. Sua ausência se devia a desavenças com Assad.
Ele ainda não foi recebido pela Arábia Saudita, que é hostil a Genebra-2. Ainda sim, expressou sua esperança de ver o país participar da conferência.
Sua porta-voz, Khawla Matar, insistiu no fato de que ele "aprecia o papel do reino saudita nos esforços para fazer o processo de paz avançar e espera que Riad participe da conferência de Genebra-2".
Na terça-feira, a imprensa libanesa indicou que Brahimi havia criticado "o papel (da Arábia) Saudita, que dificulta uma solução política".
Antes de se encontrar com o ministro sírio das Relações Exteriores Walid Mouallem, Brahimi assegurou que a conferência de paz dever ser a oportunidade para que os sírios decidam o seu futuro.
"A conferência de Genebra é um encontro entre as parte sírias e são elas, e não eu, que vão determinar a fase de transição e o futuro", declaro à imprensa.
Após as declarações de Brahimi na terça-feira, a Coalizão Nacional da Oposição síria, que se negou a participar da conferência se a renúncia de Assad não for colocada sobre a mesa, insistiu que "o problema real é o regime de Assad e ele não pode fazer parte da solução".
"O regime tenta fazer o conflito perdurar (...) para manter indefinidamente (seu) poder", denunciou, pedindo que todas as partes, incluindo Brahimi, "pressionem o regime para obrigá-lo a aceitar as demandas do povo sírio".
Já o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, advertiu nesta quarta para o risco de fracasso da conferência de paz, considerando que uma destituição à força do regime constituiria "uma enorme ameaça" para a região.
"Objeções foram abertamente manifestadas sobre esta reunião entre russos e americanos", declarou Lavrov durante visita a Atenas. "Não podemos deixar que esta iniciativa fracasse", acrescentou.
Uma derrubada do presidente Assad poderia levar a um regime "extremista", o que representaria uma "enorme ameaça para aqueles que vivem na Síria e na região", declarou.
Nas frentes de combate, "o Crescente Vermelho retirou 800 civis de Moadamiyat al-Sham", um subúrbio de Damasco, indicaram os rebeldes desta cidade. "Todas as partes - a Coalizão Nacional (opositora), o regime e a comunidade internacional - participaram" da operação, acrescentaram.
"Os deslocados serão transferidos para acampamentos organizados pelo regime, de acordo com o Crescente Vermelho", acrescentaram os rebeldes.
Com a situação humanitária e sanitária se deteriorando a cada dia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou na terça dez casos de poliomielite envolvendo crianças sírias no nordeste da Síria. As crianças vítimas de paralisia aguda na região de Deir el-Ezzor têm menos de dois anos e não foram vacinadas.
Já os rebeldes anunciaram a retirada de 800 civis, principalmente mulheres, crianças e idosos, de um subúrbio da capital síria controlado por insurgentes e atacado pelo Exército.
"O povo sírio é o único a ter direito a decidir sobre o futuro de seu país. Qualquer solução ou acordo precisa do aval dos sírios e deve refletir sua vontade sem ingerências externas", declarou Assad durante o breve encontro com Lakhdar Brahimi, segundo a agência oficial Sana.
O regime considera que a coalizão opositora e os rebeldes são manipulados por países estrangeiros. "A vitória de qualquer solução política passa, necessariamente, pelo fim do apoio aos grupos rebeldes e pela pressão sobre os países que facilitam a passagem de terroristas e oferecem dinheiro, armas e apoio logístico", acrescentou.
Bashar al-Assad chama de "terroristas" os insurgentes e acusa a Arábia Saudita, o Catar e a Turquia, assim como países ocidentais, de fornecerem armas e recursos financeiros aos seus inimigos.
Ainda segundo a Sana, Brahimi, emissário especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, ressaltou que "os esforços para a realização da conferência de Genebra se concentram em um modo de fazer com que os sírios se reúnam e cheguem em um acordo o mais rápido possível sobre uma solução para a crise".
O emissário internacional também se reuniu com o embaixador iraniano em Damasco, Mohamad Reza Sheibani, que declarou à imprensa que "apoia os esforços de Brahimi".
O diplomata argelino chegou na segunda à noite a Damasco para preparar uma conferência de paz que deve ser realizada em Genebra no fim de novembro.
O emissário internacional, atualmente em viagem pela região, não visitava Damasco havia seis meses. Sua ausência se devia a desavenças com Assad.
Ele ainda não foi recebido pela Arábia Saudita, que é hostil a Genebra-2. Ainda sim, expressou sua esperança de ver o país participar da conferência.
Sua porta-voz, Khawla Matar, insistiu no fato de que ele "aprecia o papel do reino saudita nos esforços para fazer o processo de paz avançar e espera que Riad participe da conferência de Genebra-2".
Na terça-feira, a imprensa libanesa indicou que Brahimi havia criticado "o papel (da Arábia) Saudita, que dificulta uma solução política".
Antes de se encontrar com o ministro sírio das Relações Exteriores Walid Mouallem, Brahimi assegurou que a conferência de paz dever ser a oportunidade para que os sírios decidam o seu futuro.
"A conferência de Genebra é um encontro entre as parte sírias e são elas, e não eu, que vão determinar a fase de transição e o futuro", declaro à imprensa.
Após as declarações de Brahimi na terça-feira, a Coalizão Nacional da Oposição síria, que se negou a participar da conferência se a renúncia de Assad não for colocada sobre a mesa, insistiu que "o problema real é o regime de Assad e ele não pode fazer parte da solução".
"O regime tenta fazer o conflito perdurar (...) para manter indefinidamente (seu) poder", denunciou, pedindo que todas as partes, incluindo Brahimi, "pressionem o regime para obrigá-lo a aceitar as demandas do povo sírio".
Já o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, advertiu nesta quarta para o risco de fracasso da conferência de paz, considerando que uma destituição à força do regime constituiria "uma enorme ameaça" para a região.
"Objeções foram abertamente manifestadas sobre esta reunião entre russos e americanos", declarou Lavrov durante visita a Atenas. "Não podemos deixar que esta iniciativa fracasse", acrescentou.
Uma derrubada do presidente Assad poderia levar a um regime "extremista", o que representaria uma "enorme ameaça para aqueles que vivem na Síria e na região", declarou.
Nas frentes de combate, "o Crescente Vermelho retirou 800 civis de Moadamiyat al-Sham", um subúrbio de Damasco, indicaram os rebeldes desta cidade. "Todas as partes - a Coalizão Nacional (opositora), o regime e a comunidade internacional - participaram" da operação, acrescentaram.
"Os deslocados serão transferidos para acampamentos organizados pelo regime, de acordo com o Crescente Vermelho", acrescentaram os rebeldes.
Com a situação humanitária e sanitária se deteriorando a cada dia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou na terça dez casos de poliomielite envolvendo crianças sírias no nordeste da Síria. As crianças vítimas de paralisia aguda na região de Deir el-Ezzor têm menos de dois anos e não foram vacinadas.