Agência France-Presse
postado em 31/10/2013 08:42
México - O Senado do México aprovou na noite de quarta-feira (30/10) um imposto de 8% aos alimentos altamente calóricos, que precisa ser ratificado pela Câmara dos Deputados e provocou muitos protestos dos produtores de açúcar e restaurantes. A medida é parte da reforma fiscal apresentada em 8 de setembro pelo presidente Enrique Peña Nieto. A iniciativa já havia sido revisada pelos deputados, que determinaram um imposto de 5% aos produtos alimentícios citados.[SAIBAMAIS]Mas com 72 votos a favor e dois contrários, o Senado alterou a medida "para que o imposto sobre ;junk-food; passe de 5% a 8%", informou a conta no Twitter da Câmara Alta. "O imposto será aplicado aos alimentos não básicos com alto teor calórico", como produtos de confeitaria, chocolates, cremes de amendoim e avelãs, doces de leite, assim como alimentos preparados a base de cereais. Além de elevar a arrecadação fiscal, a medida pretende combater os altos índices de sobrepeso e obesidade que afetam mais de 70% dos 118 milhões de mexicanos, segundo dados oficiais.
Sindicatos de restaurantes e produtores de açúcar, no entanto, são contrários ao aumento do imposto e criticam a medida. Os opositores alegam que a obesidade não pode ser combatida com impostos, que afetarão os mais pobres e colocam em ameaça empregos e investimentos. Outro aspecto polêmico da reforma fiscal é um imposto de 5% para as bebidas açucaradas, que foi aprovado pelos deputados e precisa da ratificação do Senado.