Agência France-Presse
postado em 31/10/2013 13:37
Cidade do Vaticano - O Vaticano confirmou oficialmente nesta quinta-feira a data, 22 de fevereiro, do primeiro consistório em que o Papa Francisco nomeará novos cardeais. O padre Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, confirmou a informação anunciada na quarta-feira pela agência de notícias sobre o Vaticano I.MEDIA. O consistório será precedido de uma reunião do "G8", o novo "conselho de cardeais" dos cinco continentes encarregado de ajudar e aconselhar o Papa na reforma da Cúria.[SAIBAMAIS]Na semana antes do consistório, Francisco também se reunirá com os cinco cardeais nomeados há meses para supervisionar as reformas econômicas do Vaticano. Logo após o consistório, ele deverá encontrar outro órgão da Igreja, o Concílio do Sínodo, indicou o padre Lombardi. Jorge Mario Bergoglio deseja transformar o secretariado do Sínodo dos Bispos em uma assembleia permanente, que deverá participar ativamente da Cúria, mesmo que à distância.
Instituição de "colegialidade" por excelência, o Sínodo foi criado durante o Concílio Vaticano II (1962-1965). Ele reuniu bispos de todo o mundo em assembleias dedicas a vários temas, mas o seu papel nunca teve grande destaque. E a colegialidade permaneceu em grande parte letra morta. Em meados de fevereiro de 2013, o Colégio Cardinalício era formado por um máximo de 201 membros, incluindo 106 eleitores com idade inferior a 80 anos. Francisco deverá repor 14 assentos vagos para respeitar o número de 120 cardeais eleitores estabelecido por Paulo VI (1963-1978).
No entanto, como seus antecessores fizeram, pode ultrapassar um pouco o número esperado. O último consistório para a criação de cardeais foi em novembro de 2012. Bento XVI havia promovido na ocasião seis não-europeus para fazer ajustes após a nomeação, 9 meses antes, de 12 cardeais europeus com menos de 80 anos de um total de 18. Será interessante observar a distribuição de assentos pelo primeiro Papa latino-americano: quantos novos cardeais do sul, quantos da América Latina, quantos da Europa, enquanto os cardeais europeus continuam a formar o maior grupo do "Colégio Sagrado".