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Milhares de pessoas fazem manifestação contra lei de anistia em Bangcoc

Os críticos temem que a lei absolverá todos os delitos vinculados a esta violência política, incluindo assassinatos de manifestantes desarmados

Agência France-Presse
postado em 04/11/2013 10:20
Bangcoc - Mais de 10 mil pessoas se manifestaram nesta segunda-feira (4/11) , em Bangcoc, pelo quinto dia consecutivo, contra uma lei de anistia que, segundo eles, permitirá a volta ao país do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, acusado de corrupção. O Parlamento tailandês adotou na sexta-feira (1;/11) essa lei, que será examinada ainda pelo Senado em 11 de novembro.

Manifestantes carregam bandeiras e faixas enquanto marcham em direção ao centro
Os críticos temem que a lei absolverá todos os delitos vinculados a esta violência política, incluindo assassinatos de manifestantes desarmados. O Parlamento a aprovou por 310 votos a favor, nenhum contra e quatro abstenções. O Partido Democrata, o principal da oposição, se negou a participar na votação que teve lugar depois de 20 horas de debate, afirmou Amnuay Khangpha, dirigente do partido no poder Puea Thai.

Apesar da votação, os democratas prometeram que não abandonarão sua luta contra a anistia. Milhares de pessoas se manifestaram nesta segunda-feira (4) contra o texto, pedindo que não haja anistia para o corruptos. Os partidários de uma anistia de uma anistia geral acham que ela permitirá ao país partir do zero, depois de anos de movimentos de ruas de defensores ou detratores de Thaksin, derrubado por um golpe de Estado em 2006.



A sociedade continua muito dividida entre as zonas rurais e urbanas desfavorecidas do norte e nordeste do país, leais ao multimilionário, e as elites de Bangcoc, que o odeiam. A violência desembocou na primavera de 2010 em uma das piores crise da Tailândia moderna.

Até 100 mil "camisas vermelhas" favoráveis a Thaksin ocuparam o centro de Bangcoc durante dois meses para reclamar a demissão do chefe do governo de então, Abhisit Vejjajiva, antes de serem desalojados pelo exército. Cerca de 90 pessoas morreram e 1.900 ficaram feridas.

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