Agência France-Presse
postado em 04/11/2013 14:33
Ancara - O primeiro-ministro turco islamo-conservador Recep Tayyip Erdogan criou uma nova polêmica sobre a posição que a religião deve ter na sociedade turca ao se posicionar contra os dormitórios estudantis mistos.
"Meninas e meninos estudantes não podem viver em uma mesma casa, isso é contrário a nossa estrutura conservadora-democrata", declarou Erdogan no domingo a membros do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) reunidos em Kizilcahamam, nos arredores de Ancara.
Ele ressaltou que seu governo iria, "de uma maneira ou de outra, monitorar" a situação, de acordo com os jornais Radikal e Zaman, sem especificar se os dormitórios mistos, cada vez mais raros em toda a Turquia, serão alvo de alguma ação política.
Os comentários de Erdogan provocaram uma nova polêmica nas redes sociais, com muitos turcos denunciando um ataque à privacidade.
Um líder do Partido Republicano do Povo (CHP), principal movimento de oposição pró-laico no Parlamento turco, pediu que Erdogan explicasse suas palavras.
"Você quer dizer com ;supervisão; que irá controlar, como faz a polícia da moralidade do Irã, os estudantes, incluindo sua vestimenta? É um ataque contra a privacidade. Os estudantes são maduros o suficiente para decidir o que fazer de suas vidas", declarou Umut Oran, influente membro do CHP no Parlamento.
Erdogan, que dirige a Turquia há mais de 10 anos, é acusado de tentar "islamizar" a sociedade com referências cada vez mais visíveis ao Islã. Em junho, uma onda sem precedentes de protestos abalou o regime turco.
"Meninas e meninos estudantes não podem viver em uma mesma casa, isso é contrário a nossa estrutura conservadora-democrata", declarou Erdogan no domingo a membros do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) reunidos em Kizilcahamam, nos arredores de Ancara.
Ele ressaltou que seu governo iria, "de uma maneira ou de outra, monitorar" a situação, de acordo com os jornais Radikal e Zaman, sem especificar se os dormitórios mistos, cada vez mais raros em toda a Turquia, serão alvo de alguma ação política.
Os comentários de Erdogan provocaram uma nova polêmica nas redes sociais, com muitos turcos denunciando um ataque à privacidade.
Um líder do Partido Republicano do Povo (CHP), principal movimento de oposição pró-laico no Parlamento turco, pediu que Erdogan explicasse suas palavras.
"Você quer dizer com ;supervisão; que irá controlar, como faz a polícia da moralidade do Irã, os estudantes, incluindo sua vestimenta? É um ataque contra a privacidade. Os estudantes são maduros o suficiente para decidir o que fazer de suas vidas", declarou Umut Oran, influente membro do CHP no Parlamento.
Erdogan, que dirige a Turquia há mais de 10 anos, é acusado de tentar "islamizar" a sociedade com referências cada vez mais visíveis ao Islã. Em junho, uma onda sem precedentes de protestos abalou o regime turco.