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Grã-Bretanha: imigrantes contribuíram mais do que receberam em benefícios

Relatório da University College London mostrou que os estrangeiros tiveram uma "consistentemente positiva e notavelmente forte" contribuição para os cofres públicos de 2001 a 2011

Agência France-Presse
postado em 05/11/2013 18:55
Londres - Imigrantes contribuíram com ;25 bilhões (30 bilhões de euros) a mais para o governo britânico na última década que receberam na forma de benefícios, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira (5/11).

O relatório da University College London mostrou que os estrangeiros tiveram uma "consistentemente positiva e notavelmente forte" contribuição para os cofres públicos de 2001 a 2011 - especialmente europeus que chegaram durante a década.

No mesmo período, os nativos britânicos retiraram ;624 bilhões a mais do estado que contribuíram, segundo o estudo, já que imigrantes recentes estavam menos propensos a reivindicar ajudas ou viver em residências sociais.

O professor Christian Dustmann, um dos autores, disse que as cifras acabam com as alegações de "turismo benéfico" por imigrantes europeus, um tema popular nos jornais de direita. "Em contraste com a maioria de outros países europeus, a Grã-Bretanha atrai imigrantes altamente educados e qualificados de dentro do EEE, bem como do exterior", disse ele.

Pessoas do Espaço Econômico Europeu (EEE, a União Europeia mais Noruega, Islândia e Liechtenstein) contribuíram com um terço a mais em impostos que receberam em benefícios durante a década, enquanto os de fora do bloco tiveram uma contribuição líquida de 2%, disse a pesquisa.

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Contudo, os imigrantes não-europeus solicitaram mais benefícios do que pagaram impostos entre 1995 e 2011, principalmente, porque tenderam a ter mais filhos que as famílias britânicas. O estudo também apontou que os imigrantes que vieram do EEE na última década tinham maior educação que a população britânica em geral. Cerca de um terço possuía diplomas universitários se comparado a um quinto dos britânicos.

Andrew Green, do grupo de campanha anti-imigração Migrationwatch GB, concordou que os cidadãos da UE contribuem em geral, mas que isso aconteceu porque esses números incluem trabalhadores altamente qualificados como "engenheiros alemães e designers franceses".

Ele declarou à rádio BBC que o relatório tinha sido enganoso: "o veredicto para os de fora da zona do euro é que o benefício para o erário público é mínimo ou nenhum". Outro estudo publicado nesta terça-feira pelo britânico Instituto Nacional de Pesquisa Econômica e Social mostrou que as empresas britânicas contratam estrangeiros porque eles são mais qualificados e trabalham por mais horas.

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