Agência France-Presse
postado em 07/11/2013 12:58
Lausana - As doses de polônio encontradas no cadáver e seus efeitos em Yasser Arafat "suspeitam obrigatoriamente a intervenção de uma outra pessoa", declararam nesta quinta-feira os especialistas suíços que realizaram as análises. Os especialistas mediram atividades de polônio-210 nos ossos e tecidos até 20 vezes superiores às referências. "Isso supõe obrigatoriamente a intervenção de uma outra pessoa", declarou o professor François Bochud, diretor do Instituto de Radiofísica de Lausane durante uma coletiva de imprensa.[SAIBAMAIS]"Os resultados das análises sustentam moderadamente a hipótese de que a morte foi causada por um envenenamento com polônio-210", insistiu Bochud. No entanto, os pesquisadores não podem ser categóricos. "Não podemos dizer que o polônio causou a morte" de Arafat, mas "também não podemos excluir essa possibilidade", declarou, lembrando que as análises foram feitas nove anos após a morte do líder palestino, o que dificulta conclusões precisas.
Segundo o seu colega, o professor Patrice Mangin, diretor do Centro Universitário de Medicina Legal, se os especialistas tivessem conseguido obter amostras biológicas do líder palestino logo após sua morte, em 11 de novembro de 2004, em um hospital militar francês, teriam mais certeza em suas conclusões.