"Os vazamentos de Snowden foram muito prejudiciais, colocaram nossas operações em risco. Nossos adversários estão esfregando as mãos em sinal de contentamento", declarou John Sawers ante os membros do Parlamento.
Na mesma comissão parlamentar Iain Lobban, diretor da agência de inteligência britânica GCGQ, afirmou que os serviços secretos de seu país não se dedicavam a espionar as chamadas ou as mensagens eletrônicas da maioria da população do Reino Unido.
"Não passamos o dia escutando chamadas telefônicas ou lendo mensagens eletrônicas da maioria, da ampla maioria. Seria desproporcional, seria ilegal, não fazemos isso", declarou.
Lobban também afirmou a esta comissão que as revelações de Snowden levaram grupos terroristas de Oriente Médio, Afeganistão e de outros locais a mudarem de estratégia.
"Temos informações de (...) grupos terroristas específicos, incluindo alguns mais próximos de nosso país, que analisam como evitar o que agora consideram métodos de comunicação vulneráveis", considerou.
Os responsáveis pelas três agências de inteligência britânicas enfrentavam nesta quinta-feira um interrogatório televisionado sem precedentes, em meio à inquietação gerada pelas revelações de Edward Snowden sobre programas de espionagem em massa.