Agência France-Presse
postado em 09/11/2013 16:23
Caracas - O responsável pela editoria internacional do jornal Miami Herald, John Yearwood, chegou neste sábado a Caracas para tentar esclarecer, junto ao corpo diplomático norte-americano, a prisão do jornalista Jim Wyss no estado de Táchira, oeste da Venezuela. A liberação de Wyss é esperada para este final de semana, informou o próprio jornal."O editor John Yearwood foi a Caracas averiguar o caso de Jim Wyss e tentar obter sua libertação", disse uma fonte do Miami Herald na capital venezuelana.
Segundo a fonte, diplomatas norte-americanos e o jornal tentam negociar com as autoridades a soltura de Wyss, aguardada para este final de semana. O jornalista deixaria a Venezuela logo em seguida.
"Esperamos poder resolver esta situação logo. Nossa principal preocupação continua sendo a segurança e o bem-estar de Jim Wyss. Estamos trabalhando de todas as formas para obtermos sua libertação e somos otimistas de que isso ocorrerá logo", disse Aminda Marques González, diretora -executiva do Miami Herald, em declaração publicada na página do jornal na internet. Segundo a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), sediada em Miami, Wyss já foi levado a Caracas.
A prisão do jornalista "é uma afronta à comunidade internacional e seu direito à informação", disse Claudio Paolillo, presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP.
[SAIBAMAIS]
"Fazemos um chamado à prudência e [pedimos] que o governo do presidente Nicolás Maduro não atropele os princípios de convenções internacionais sobre o respeito ao trabalho dos correspondentes estrangeiros", pede a SIP.
Wyss, chefe da região andina do Miami Herald e com base em Bogotá, viajou ao estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia, para realizar uma reportagem sobre a escassez de produtos no território venezuelano, onde foi preso por membros da Guarda Nacional na cidade de San Cristóbal, segundo a imprensa local.
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Um repórter do jornal El Universal garantiu que teve um breve contato com Wyss após sua prosão, e que ele "parecia bem". Washington e Caracas estão sem embaixadores desde 2010 por ocasião dos constantes embates diplomáticos entre os dois países.
No último 30 de setembro, o presidente Nicolás Maduro expulsou a encarregada de negócios dos Estados Unidos em Caracas e outros diplomatas, sob acusação de financiarem a oposição para realizarem supostos atos de sabotagem econômica e elétrica. Os Estados Unidos responderam com a expulsão do encarregado de negócios da Venezuela e de outros dois diplomatas.