postado em 10/11/2013 08:00
Governar a França tem se mostrado uma tarefa mais complicada que a encomenda para o presidente François Hollande, o primeiro socialista eleito para o cargo em 17 anos. As recorrentes promessas de retomar o crescimento econômico e reduzir o desemprego parecem, mais uma vez, resumir-se a declarações de intenções, como indicou um relatório divulgado na última semana pela Comissão Europeia ; o dossiê revisou para baixo o crescimento de toda a Zona do Euro, em 2014, e para cima a estimativa para o total de desempregados na França. Na sexta-feira, a agência Standard & Poor;s rebaixou a classificação dos títulos da dívida francesa.
Polêmicas sobre impostos, políticas migratórias insatisfatórias e uma aparente indecisão renderam a Hollande a pior avaliação da história recente do país, com taxa de aprovação de 26%. No vácuo deixado pelas legendas tradicionais, a extrema-direita ganha fôlego e firma-se como a terceira força política, ameaçando não apenas o PS, mas também a direita clássica, representada pela União por um Movimento Popular (UMP), do ex-presidente Nicolas Sarkozy.
Descrita como uma espécie de ;Tea Party francês;, a Frente Nacional (FN), liderada por Marine Le Pen, 43 anos, promete fechar as fronteiras, tomar distância da globalização e afrouxar as medidas de austeridade. Alistair Cole, professor de política europeia e especialista em política francesa pela Universidade de Cardiff, não estranha que a FN esteja se fortalecendo. ;Le Pen teve bom resultado nas eleições de 2012 e, na história da França, a extrema-direita sempre apresenta progresso quando a esquerda está no poder;, observa.
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