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Suprema Corte das Maldivas suspende segundo turno de eleições presidenciais

A Corte declarou que a data mais adequada para o segundo turno será 16 de novembro

Agência France-Presse
postado em 10/11/2013 10:39

Ex-presidente das Maldivas e candidato presidencial Mohamed Nasheed fala à imprensa

Malé - A Suprema Corte das Maldivas anunciou a suspensão do segundo turno das eleições presidenciais que deveriam ocorrer neste domingo, um dia após o ex-presidente Mohamed Nasheed liderar o primeiro turno. "Todas as autoridades envolvidas foram informadas de que as eleições previstas para hoje (domingo) não podem ser realizadas", indicou a Corte, aceitando, assim, o pedido de adiar o segundo turno feito por um dos candidatos derrotados.

[SAIBAMAIS]A Corte declarou que a data mais adequada para o segundo turno será 16 de novembro, apesar das duras declarações dos Estados Unidos e da Commonwealth para que as eleições sejam realizadas sem mais atrasos.

Após o primeiro turno realizado no sábado, os colégios eleitorais deveriam reabrir ao meio-dia deste domingo para que os habitantes das Maldivas, este arquipélago do oceano Índico famoso por suas praias de areia branca e de águas claras, por fim elegessem seu presidente, como estabelece a Constituição.

As eleições deste fim de semana eram a terceira tentativa de eleger um presidente e colocar fim ao mal-estar provocado pela destituição em fevereiro de 2012 do primeiro chefe de Estado eleito livremente, em 2008, nesta jovem democracia.

E era precisamente este ex-presidente e líder da oposição, Mohamed Nasheed, de 46 anos, quem liderava os resultados das eleições de sábado, com 45,08% dos votos, resultado insuficiente para evitar o segundo turno. Neste domingo ele enfrentaria Abdulla Yameen, que somou 31,21% dos votos.

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Abdulla Yameen é meio-irmão de Maumoon Abdul Gayoom, que dirigiu este país de 350.000 habitantes - muçulmanos sunitas - durante 30 anos de forma autocrática até as primeiras eleições livres de 2008.

Qasim Ibrahim, um magnata do turismo de luxo, ficou na terceira posição e apresentou novamente, como já fez nas eleições de setembro, um recurso ante a Suprema Corte que este tribunal voltou a aceitar.

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