Agência France-Presse
postado em 10/11/2013 12:29
Washington - Os Estados Unidos "não são cegos e não acredito que sejamos estúpidos" nas negociações nucleares com o Irã, declarou o secretário de Estado, John Kerry, em uma entrevista à rede de televisão NBC transmitida neste domingo.Além disso, Kerry insistiu que não existem divergências no compromisso do governo de Barack Obama com Israel, num momento de tensão na relações diplomáticas entre os dois países devido ao diálogo nuclear com o Irã.
O chefe da diplomacia norte-americana foi entrevistado depois que as negociações entre as potências mundiais e Teerã em Genebra não chegaram a um acordo para frear as atividades nucleares do Irã em troca de um enfraquecimento das sanções econômicas impostas ao país.
"Algumas das pessoas mais sérias e capazes do nosso governo, que se debruçam há anos sobre o tema do Irã, assim como o das armas nucleares e sua proliferação, estão envolvidas nessa negociação", afirmou Kerry. "Não estamos cegos, e não acredito que sejamos estúpidos", disse.
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"Acredito que temos uma ideia clara sobre como medir se estamos ou não agindo de acordo com os interesses de nosso país e do mundo, e particularmente de nossos aliados, como Israel, os países do Golfo e outros da região", explicou Kerry.
Durante três dias, Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha se reuniram em Genebra para tentar chegar a um acordo com Teerã sobre o polêmico programa nuclear iraniano que, oficialmente, é apenas de uso civil, embora Israel e alguns países do Ocidente suspeitem que o país tenta obter uma arma nuclear.
Havia a expectativa de que um acordo seria alcançado, mas essa esperança foi afastada depois que surgiram divergências entre as potências mundiais diante de preocupações mencionadas pela França.
Kerry declarou à rede de televisão NBC que os Estados Unidos estão "absolutamente determinados para que este seja um bom acordo, ou então não haverá acordo". Não fechamos o acordo nestes últimos dois dias, porque estamos unidos, pressionando pelas coisas que acreditamos que garantam o que Israel e o resto do mundo pedem", disse o secretário de Estado.
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"Estamos falando de deter seu programa no nível em que se encontra com garantias suficientes para estar seguros de que, de fato, seja detido, enquanto negociamos os aspectos completos do acordo com nossos aliados, com nossos amigos, com todas as partes interessadas, fazendo recomendações, consultando, para que seus interesses estejam bem representados", indicou Kerry.