Cairo - Um tribunal pôs fim nesta terça-feira a três meses de estado de emergência no Egito, que incluía um toque de recolher, antes da data prevista de 14 de novembro. O governo indicou em um comunicado que respeitará a decisão, mas que vai esperar a notificação da justiça para aplicá-la.
O presidente interino, Adly Mansour, havia declarado o estado de emergência em 14 de agosto, após os episódios de violência que se seguiram à brutal repressão de partidários do presidente deposto Mohamed Mursi pelas forças de segurança.
"O governo vai aplicar as decisões da Justiça (...) O governo espera receber o texto da decisão", declarou o gabinete em um comunicado. O estado de emergência, que dá extensos poderes aos serviços de segurança, é visto como um meio de repressão contra os partidários de Morsy.
O presidente interino está prestes a decretar uma emenda à lei que regulamenta as manifestações, o que já provocou condenações até por parte de integrantes do próprio governo.