"Por instruções do presidente Juan Manuel Santos, nesta manhã (terça-feira), junto com o diretor da Polícia, general Rodolfo Palomino, eu me reuni com o ex-presidente Alvaro Uribe para informar a ele sobre um plano, que foi detectado e que atentava contra sua vida, elaborado pela Coluna Móvel Teófilo Forero das Farc", afirmou o ministro Pinzón em declaração à imprensa.
"O presidente Santos ordenou que, além do esquema de segurança atual do ex-presidente Uribe e de sua família que compromete cerca de 300 funcionários, está sendo feito tudo o que é necessário para garantir a segurança e a integridade do ex-chefe de Estado e protegê-lo, assim como chegar aos responsáveis por essas ameaças", acrescentou.
Leia mais notícias em Mundo
Uribe, de 61 anos, é o principal crítico do processo de paz que é conduzido em Havana há um ano entre o governo de Juan Manuel Santos e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Ele reagiu dizendo que "é preciso seguir nesta luta", em declarações à imprensa na saída de um ato político em Bogotá. Perguntado sobre se será mais cuidadoso em seus deslocamentos, o ex-mandatário disse: "Sim, preciso ser. Tenho um grande dever pela generosidade que os colombianos tiveram comigo, em oito anos como presidente".
Durante seus dois mandatos na Presidência, entre 2002 e 2010, Uribe combateu sem trégua as Farc, conseguindo reduzir pela metade o número de guerrilheiros e confinando o movimento às regiões mais afastadas do país.
Uribe, que reside em sua região natal de Antioquia (noroeste), é considerado um candidato certo ao Senado por seu partido de direita Centro Democrático nas eleições de 2014.
A coluna Teófilo Forero é uma das mais ativas das Farc. No dia 1; de novembro as Forças Armadas criaram uma unidade especial chamada Força Tarefa Júpiter, que tinha como missão combater essa coluna e capturar seu chefe, chamado de ;El Paisa;, por quem foi oferecida uma recompensa de quase 700.000 dólares.
A guerrilha das Farc, com entre 7 mil e 8 mil combatentes, é a mais antiga da América Latina, com quase 50 anos de luta armada. Nas negociações de paz já houve um consenso sobre os dois primeiros pontos de sua agenda: desenvolvimento rural e participação política, considerados os mais difíceis. A questão das drogas ilícitas deve começar a ser debatida a partir de 18 de novembro. Restam também os pontos sobre reparação das vítimas e abandono das armas.