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Integrante do grupo punk Pussy Riot é transferida para a Sibéria

"Vamos examinar em breve as condições de detenção, mas, no geral, os campos de trabalhos locais são totalmente aceitáveis", assegurou Lukin

Moscou - Nadejda Tolokonnikova, uma das duas jovens do grupo de rock russo Pussy Riot presas, foi transferida para um campo de trabalhos na Sibéria, por se sentir ameaçada na prisão em que estava, indicou o delegado russo para os direitos humanos, Vladimir Lukin.

"Tolokonnikova chegou a Krasnoiarsk (Sibéria Oriental) onde cumprirá o restante de sua condenação", declarou Lukin à agência de notícias Interfax, citando autoridades penitenciárias e do ministério da Justiça.

"Vamos examinar em breve as condições de detenção, mas, no geral, os campos de trabalhos locais são totalmente aceitáveis", assegurou Lukin. A jovem deverá se comunicar com seus advogados e familiares "nos próximos dias", indicou. Os advogados de Tolokonnikova estavam sem notícias dela desde 22 de outubro.

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O marido de Tolokonnikova, Piotr Verzilov, declarou que sua esposa "está exilada no fundo da Sibéria. É um castigo pela repercussão de sua carta" que denunciava as ameaças de morte e as condições de detenção comparáveis à escravidão no campo de Mordovia, 600 km a leste de Moscou. A decisão da transferência foi tomada depois que ela retomou a greve de fome iniciada no início de setembro.

Nadezhda Tolokonnikova cumpre, com outra colega de grupo, uma pena de dois anos por ter cantado, no início 2012, uma "oração punk" contra o presidente Vladimir Putin na catedral de Cristo Salvador, em Moscou. Sua pena deve terminar em março de 2014.