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AIEA quer do Irã informações sobre temas nucleares pendentes

"O tema nuclear iraniano é muito complicado. Não se pode esperar que tudo seja feito da noite para o dia. Por isso, optamos por uma abordagem por etapas", afirmou o diretor da AIEA

Agência France-Presse
postado em 12/11/2013 18:32
Teerã - A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse esperar nesta terça-feira (12/11) que o Irã forneça, progressivamente, todas as informações necessárias, incluindo dados sobre as supostas pesquisas para o uso militar da energia nuclear, realizadas há anos nesse país.

"O tema nuclear iraniano é muito complicado. Não se pode esperar que tudo seja feito da noite para o dia. Por isso, optamos por uma abordagem por etapas", afirmou o diretor da AIEA, Yukiya Amano.

"Todos os temas que não estão contidos no anexo (do acordo de segunda-feira) serão abordados nas etapas seguintes", acrescentou em conversa com a imprensa no aeroporto de Viena, ao retornar de Teerã.

Na segunda-feira, na capital do Irã, Amano havia afirmado que uma visita à base militar iraniana de Parchin será discutida após a conclusão do acordo preliminar firmado nesse dia com o Teerã. A comunidade internacional suspeita que testes nucleares teriam sido realizados nesse local. Desde 2012, Teerã rejeita que a AIEA tenha acesso a essa base, devido ao seu caráter militar e pelo fato de a agência da ONU já ter feito inspeções em 2005, sem qualquer resultado.

"Parchin é importante e (uma visita a essa central nuclear) será discutida nos próximos passos no âmbito" do acordo sobre a verificação das atividades nucleares iranianas aprovado na segunda, disse Amano, em sua passagem por Teerã.

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Amano e o chefe da organização nuclear iraniana, Ali Akbar Salehi, assinaram na segunda um documento de seis pontos, em uma primeira fase para "restabelecer a confiança" com o Irã. Esse acordo de cooperação concede à AIEA o acesso a duas centrais nucleares que a agência deseja visitar há algum tempo, mas não menciona Parchin.

Nessa base, a AIEA suspeita que o Irã tenha realizado testes de explosões convencionais, aplicáveis ao setor nuclear. Utilizando imagens feitas por satélites, a agência também acusou a República Islâmica de ter eliminado qualquer rastro comprometedor.

Em um relatório divulgado em novembro de 2011, a agência fez uma lista de elementos, apresentados como críveis, mostrando que o Irã trabalhou na preparação da arma atômica antes de 2003 e, possivelmente, desde essa época. Teerã nega.

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