Agência France-Presse
postado em 13/11/2013 18:28
Ramallah - Os representantes palestinos nas negociações de paz com Israel apresentaram sua demissão ao presidente Mahmud Abbas, que não aceitou - anunciaram fontes concordantes nesta quarta-feira (13/11).
"Nós apresentamos nossa renúncia, toda a delegação palestina, devido ao aumento da colonização e da falta de esperança em alcançar resultados", declarou à AFP o negociador Mohammad Chtayyeh.
"Até o momento, o presidente Abbas não aceitou nossa demissão e é ele que tem a autoridade para decidir", explicou Chtayyeh, acrescentando que os pedidos de renúncia foram apresentados por escrito e assinados.
Outro membro da delegação, que pediu para não ser identificado, confirmou a renúncia e ressaltou que "o presidente Abbas tem muitas opções". Segundo essa fonte, "ele pode negar, ou aceitar, e nomear uma nova equipe, ou solicitar um novo mecanismo de negociação", disse, referindo-se a negociações indiretas sob mediação dos Estados Unidos.
O chefe da delegação, Saeb Erekat, está entre os que pediram demissão, segundo as fontes. Em entrevista transmitida terça-feira à noite pelo canal de televisão egípcio CBC, Abbas confirmou que os negociadores haviam apresentado sua renúncia, a qual ainda não havia aceitado.
De acordo com Chtayyeh, "o governo de Israel tem total responsabilidade pelo fracasso das negociações por causa da contínua colonização e de sua escalada" contra os palestinos.
Na terça-feira, o Ministério israelense da Habitação revelou um edital recorde para a construção de 20 mil casas nas colônias da Cisjordânia ocupada. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu paralisou o projeto diante das críticas de Washington.
Em 6 de novembro, no momento em que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, busca a retomada das negociações de paz no Oriente Médio, um funcionário palestino de alto escalão manifestou a rejeição dos palestinos a continuar o diálogo com Israel frente a "uma ofensiva sem precedentes nas colônias".
Em um comunicado, o coordenador especial para o processo de paz no Oriente Médio, Robert Serry, reiterou a posição do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, segundo a qual as colônias são "contra o Direito Internacional e um obstáculo à paz".
Serry disse ter se reunido, em separado, com negociadores israelenses e palestinos. Depois de conversar com a responsável israelense pelo tema, Tzipi Livni, o diplomata da ONU foi informado da decisão do premier Netanyahu de recuar no planejamento das novas casas dos colonos.
"Nós apresentamos nossa renúncia, toda a delegação palestina, devido ao aumento da colonização e da falta de esperança em alcançar resultados", declarou à AFP o negociador Mohammad Chtayyeh.
"Até o momento, o presidente Abbas não aceitou nossa demissão e é ele que tem a autoridade para decidir", explicou Chtayyeh, acrescentando que os pedidos de renúncia foram apresentados por escrito e assinados.
Outro membro da delegação, que pediu para não ser identificado, confirmou a renúncia e ressaltou que "o presidente Abbas tem muitas opções". Segundo essa fonte, "ele pode negar, ou aceitar, e nomear uma nova equipe, ou solicitar um novo mecanismo de negociação", disse, referindo-se a negociações indiretas sob mediação dos Estados Unidos.
O chefe da delegação, Saeb Erekat, está entre os que pediram demissão, segundo as fontes. Em entrevista transmitida terça-feira à noite pelo canal de televisão egípcio CBC, Abbas confirmou que os negociadores haviam apresentado sua renúncia, a qual ainda não havia aceitado.
De acordo com Chtayyeh, "o governo de Israel tem total responsabilidade pelo fracasso das negociações por causa da contínua colonização e de sua escalada" contra os palestinos.
Na terça-feira, o Ministério israelense da Habitação revelou um edital recorde para a construção de 20 mil casas nas colônias da Cisjordânia ocupada. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu paralisou o projeto diante das críticas de Washington.
Em 6 de novembro, no momento em que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, busca a retomada das negociações de paz no Oriente Médio, um funcionário palestino de alto escalão manifestou a rejeição dos palestinos a continuar o diálogo com Israel frente a "uma ofensiva sem precedentes nas colônias".
Em um comunicado, o coordenador especial para o processo de paz no Oriente Médio, Robert Serry, reiterou a posição do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, segundo a qual as colônias são "contra o Direito Internacional e um obstáculo à paz".
Serry disse ter se reunido, em separado, com negociadores israelenses e palestinos. Depois de conversar com a responsável israelense pelo tema, Tzipi Livni, o diplomata da ONU foi informado da decisão do premier Netanyahu de recuar no planejamento das novas casas dos colonos.