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EUA: burocracia em Ohio impede condenado à morte de doar órgãos

Phillips deve ser executado na quinta-feira (14/11) por injeção letal, com uma mistura nunca utilizada de um sedativo e um analgésico

Agência France-Presse
postado em 13/11/2013 21:01
Na véspera de sua execução, o condenado à morte Ronald Phillips, de 40 anos, teve seu desejo de doar os órgãos recusado pelo Departamento Penitenciário, disseram autoridades estaduais nesta quarta-feira (13/11).

Phillips deve ser executado na quinta-feira (14/11) por injeção letal, com uma mistura nunca utilizada de um sedativo e um analgésico.

Em seu último pedido às autoridades penitenciárias de Ohio, o condenado manifestou seu desejo de doar os órgãos, se possível, à sua mãe - que sofre de doença renal -, à sua irmã - que tem problemas cardíacos - e, mais genericamente, "ao maior número possível de pessoas".

"Esse pedido de último minuto (...) é sem precedentes", reagiu a porta-voz do Sistema Penitenciário de Ohio, JoEllen Smith, anunciando sua recusa por ter sido feito a menos de 72 horas antes da execução.

"Embora a doação de órgãos seja um objetivo louvável, o Departamento não está equipado para permitir a doação de órgãos a Phillips", antes, ou depois da execução, continuou o diretor jurídico da pasta, Stephen Gray.



Em carta ao advogado do réu, Gray explicou que as autoridades consideraram esse procedimento médico, mas que "ele não é simples de fazer", porque implica problemas logísticos e de segurança significativos para um condenado à morte.

O diretor acrescentou que a família terá os restos mortais do condenado (e seus órgãos) após a execução.

A doação de órgãos por parte dos condenados à morte é um pedido "raro", declarou à AFP o diretor do Centro de Informação sobre a Pena Capital, Richard Dieter.

"Geralmente, as prisões não autorizam esse tipo de doação, embora os detentos sejam autorizados a deixar seu corpo para a Ciência", acrescentou.

A execução de Ronald Phillips está prevista para 10h (14h de Brasília). Ele foi condenado à morte pelo estupro e assassinato da filha de 3 anos de idade de sua companheira, em 1993.

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